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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Após transplante raro californiano passa a ter dois corações

Remoção e substituição do velho coração teria levado o novo órgão a falhar, juntos, os dois corações, dividem as atividades

Tyson Smith tem agora dois corações que
 batem em sincronia

Pesquisadores da University of California San Diego Center for Transplantation, nos Estados Unidos, realizaram cirurgia cardíaca rara que transplantou um coração novo em um paciente sem a retirada do órgão doente.
A equipe de pesquisa realizou a cirurgia cardíaca, conhecida como transplante cardíaco heterotópico, na qual o coração do paciente Tyson Smith permaneceu no local, enquanto um segundo órgão de um doador foi implantado. O paciente agora possui dois corações.
"Smith é um pioneiro entre os pacientes de transplante

Equipe realizou o transplante cardíaco heterotópico,
procedimento no qual o coração do paciente
permanece no local, enquanto um segundo é implantado.

de coração. Este é um procedimento muito raro, mas vale a pena ter como opção para a reposição cardíaca. É uma operação segura, com uma sobrevivência média de dez anos", afirma o diretor de transplantes Jack Copeland.
Os pesquisadores explicaram que embora Smith estivesse enfrentando a morte, ele não poderia ter um transplante de coração normal. A remoção e substituição do velho coração teria levado o novo órgão a falhar, em função da resistência do fluido em seus pulmões - hipertensão pulmonar - ser tão alta.
"Mas juntos, os dois corações dividem as atividades para terminarem o trabalho", acrescentou o professor adjunto Michael Madani.
Transplante cardíaco heterotópico, realizado pela UC San Diego, faz com que dois corações trabalhem em sincronia no peito de um paciente.
Como funciona
No procedimento heterotópico, o novo coração é posicionado no lado direito do coração do próprio paciente. Os átrios esquerdos do doador e do destinatário são cirurgicamente ligados uns aos outros, permitindo que o sangue oxigenado do coração original do paciente flua para o órgão transplantado. Em seguida, esse sangue é então bombeado pelo novo ventrículo esquerdo para a aorta do paciente, que fornece um fluxo mais forte para todas as partes do corpo.
"Smith tinha duas opções: o dispositivo mecânico de assistência ventricular esquerda (DAV), que substituiria a função do coração esquerdo e permitiria que ele esperasse um transplante de coração normal em poucos meses, ou o chamado transplante "piggy back", que substitui o coração esquerdo do paciente e permite que o coração direito do paciente continue o bombeamento através dos pulmões", observou Copeland. "Desta forma, Smith precisou de apenas uma operação, ao invés de duas, o que economizou o tempo do paciente, a inconveniência e a dor, e reduziu os custos médicos."
Os médicos esperam que Smith possa ter alta do hospital em duas semanas e volte ao nível normal de atividade dentro dos próximos meses.

 
                                                                                                  Fonte: Isaude.net

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