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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Brasil desenvolve primeira vacina vegetal do mundo para combate à dengue

A nova tecnologia desenvolvida na UECE deverá combater os quatro tipos de manifestação do vírus, incluindo o hemorrágico

Resultados obtidos através de testes em
camundongos foram positivos e os animais passaram
 a produzir anticorpos protetores contra a dengue.

Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) desenvolveram a primeira vacina de origem vegetal no mundo para combate do vírus da dengue. Segundo a professora Isabel Florindo Guedes, bioquímica responsável pela pesquisa, o processo é totalmente pioneiro, " até o momento nenhuma vacina no mundo tinha sido produzida a partir de uma planta para combater a doença" , ressalta. A nova tecnologia, desevolvida com feijão de corda, deverá combater os quatro tipos de manifestação do vírus, incluindo o hemorrágico.

A nova tecnologia, desevolvida com feijão de corda,
deverá combater os quatro tipos de manifestação do vírus,
 incluindo o hemorrágico.


Feijão de corda (Vigna unguiculata) foi o
 vegetal utilizado no procedimento para produção
de antígenos para combater o vírus da dengue.

O feijão de corda (Vigna unguiculata) foi o vegetal utilizado no procedimento para produção de antígenos para combater o vírus da dengue. No processo, os cientistas injetaram genes do vírus na planta, a qual desenvolveu as proteínas anticorpos capazes de gerar as defesas do organismo. A partir daí, os antígenos foram isolados, podendo então ser aplicados em forma de vacina. De acordo com os pesquisadores, uma única planta pode gerar até 50 doses de vacina. As vantagens da vacina pelos  pesquisadores da Uece são inúmeras, dentre elas, o  seu método inovador de produção, baixo custo e redução de reações alérgicas, comuns nas vacinas desenvolvidas em métodos tradicionais, que utilizam organismos vivos e vírus atenuados.

Os resultados obtidos através de testes em camundongos foram positivos; os animais passaram a produzir anticorpos protetores contra a dengue. O próximo passo é iniciar testes clínicos em seres humanos. Para Isabel Guedes, "é necessário desenvolver drogas eficientes no combate à dengue. Essa é uma preocupação mundial. Além disso, o custo de prevenção pode ser menor do que os tratamentos convencionais de pacientes infectados" , destaca.
A Uece protegeu a pesquisa por meio do seu Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), através de depósito de pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Neste momento, o NIT e a Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica do Ceará (Redenit-CE) estão na transferência desta tecnologia para o mercado, a fim de que a vacina possa ser produzida em escala industrial.

 
                                                                                                           Fonte: Isaude.net

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