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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Droga com base na proteína APO pode ser chave para combater o HIV

Proteína humana APOBEC3F, ou simplesmente APO, destaca-se por ser capaz de causar mutações no DNA viral


O organismo de portadores do vírus HIV trava uma guerra no interior das células brancas do sangue para combater a infecção. Proteínas virais e humanas lutam uma contra as outras.
Do lado humano, destaca-se uma proteína produzida pelas células brancas, capaz de causar mutações no DNA viral, chamada APOBEC3F, ou simplesmente APO. No lado do HIV, uma proteína é produzida pelo vírus nas células durante a infecção. Seu nome é Vif, e ataca Apo.
Especialistas em HIV buscam dar a vantagem do confronto para a proteína APO. Uma descoberta recente de pesquisadores da Universidade de Minnesota, Estados Unidos, pode criar uma droga capaz de fazer isso.
Quando o HIV infecta uma célula branca do sangue humano, a primeira coisa que o vírus faz é produzir DNA. O DNA se move até o núcleo da célula, insere-se nos cromossomos e começa a direcionar a produção de novas partículas virais.
Rúben Harris, professor associado de bioquímica, biologia molecular e biofísica, estudou os mecanismos que geram mutações e como eles podem ser aproveitados para destruir patógenos.
A APO ataca o DNA viral logo que sai da linha de montagem e começa a furar a faixa de mutações, apresentando um potencial para paralisar o HIV. No entanto, a proteína era suscetível á destruição pelas máquinas da própria célula. Descobrir uma forma de evitar a destruição poderia reverter o quadro a favor da proteína.
John Albin, estudante de pós-doutorado no laboratório de Harris, e sua equipe descobriram que Apo poderia ser protegida da destruição, alterando o aminoácido glutamato em apenas uma das muitas posições em que ocorre na proteína.
"Mudar o aminoácido não parece desalojar Vif", explica Albin. "É que de alguma forma, este aminoácido é ausente ou modificado, a interação é alterada de tal forma que Apo não é destruída. Assim, Apo poderia continuar a luta".
A equipe agora tenta descobrir exatamente como Apo e Vif interagem. "Quando tivermos essa informação, poderemos trabalhar para projetar drogas para interromper a interação", diz ele.

 
                                                                                                     Fonte: Isaude.net

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