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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Gene do nanismo pode estar ligado à proteção contra o câncer e o diabetes

Comunidade estudada inclui membros com síndrome de Laron, deficiência que impede organismo de usar hormônio do crescimento

Estudo com indivíduos portadores do nanismo sugere que a mutação do crescimento pode estar ligada à proteção contra duas das piores doenças da humanidade: o câncer e o diabetes.
Publicado na Science Translational Medicine, o estudo levanta a possibilidade de assegurar proteção semelhante em adultos maduros por outros meios, tais como medicamentos ou dietas controladas.
A equipe do estudo internacional, liderado pelo biólogo celular Valter Longo na Escola de Gerontologia da Universidade Southern Califórnia (USC), Estados Unidos, e pelo endocrinologista Jaime Guevara-Aguirre, em colaboração com a Escola Keck de Medicina da USC e de outros parceiros, seguiu uma remota comunidade nas encostas do Andes.
A comunidade inclui muitos membros com síndrome de Laron, uma deficiência em um gene que impede o organismo de usar o hormônio do crescimento. A equipe do estudo acompanhou cerca de 100 indivíduos e 1.600 parentes de estatura normal.
Em mais de 22 anos de estudo, a equipe não documentou nenhum caso de diabetes e um caso não-letal de câncer em indivíduos de Laron. Entre os parentes que vivem nas cidades, durante o mesmo período, 5% foram diagnosticados com diabetes e 17% com câncer.
Fatores de risco ambientais e genéticos foram considerados para ambos os grupos. Longo e sua equipe disseram que seu estudo sugere que, pelo menos, para adultos, passados seus anos de crescimento, a atividade do hormônio do crescimento pode ter vantagens.
"O povo deficiente do receptor de hormônio de crescimento não desenvolve duas das principais doenças do envelhecimento", disse Longo. "Eles também têm uma incidência muito baixa de acidente vascular cerebral".
A esperança de vida total para ambos os grupos era a mesma, entre as causas mais freqüentes de morte estavam o abuso de substância e acidentes. O estudo não incluiu avaliações psicológicas que poderiam ter ajudado a explicar a diferença.
Longo disse que mais estudos são necessários para determinar se a redução do hormônio do crescimento em humanos pode ser usada para prevenção de doenças. Ele lembrou que qualquer tratamento para redução preventiva do hormônio de crescimento teria de apresentar efeitos colaterais menores e mais leves do que as drogas usadas contra a doença confirmada.

 
                                                                                           Fonte: Isaude.net

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