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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Glândulas salivares podem ser nova rota para administração de vacinas orais

Pesquisa sugere que administração de vacinas nestas glândulas pode fornecer proteção local e sistêmica contra uma gama de doenças

Glândulas salivares podem ser nova rota para a administração de vacinas orais, de acordo com pesquisadores da Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos.
Relatório da pesquisa também oferece maior compreensão sobre vacinas que podem prevenir a infecção em superfícies mucosas, mesmo se injeções diretas no corpo não provocarem imunidade. Técnica pode ser eficaz para uma ampla gama de doenças como a gripe e a cólera.
"Nosso trabalho destaca a capacidade das glândulas salivares para atuarem como uma rota mucosa alternativa para a administração de vacinas, o que levaria a respostas imunes tanto locais quanto sistêmicas", observou a pesquisadora Lucille Londres. "Assim, no futuro, a inoculação de glândulas salivares pode tornar-se um método clinicamente aceitável para a vacinação de grupos de indivíduos contra novos e emergentes desafios patogênicos."
Metodologia
Para chegar a este avanço, pesquisadores estudaram dois grupos de ratos.
O primeiro grupo recebeu citomegalovírus vivos diretamente em suas glândulas salivares. Estes ratos demonstraram uma resposta imunológica nas glândulas salivares, e os pesquisadores observaram um aumento no número e tipos de células associadas com os anticorpos que eram protetores na saliva. Estes anticorpos também foram encontrados em outras secreções nas mucosas e no soro desses camundongos, sugerindo que estas proteínas se espalham para outros locais no corpo.
Além disso, os pesquisadores observaram mudanças estruturais e funcionais nas glândulas salivares imunizadas, tornando-as semelhantes a estruturas do linfonodo comumente visto em imunizações baseadas em injeções.
O segundo grupo de ratos recebeu um vírus inativo que não causa uma infecção nas glândulas salivares. Estes ratos não demonstraram resposta imune ativa, quando comparados ao primeiro grupo.
Quando os dois grupos de camundongos foram expostos ao mesmo vírus em um momento posterior, somente o grupo imunizado com um vírus ativo foi protegido contra futuras infecções.
Esta descoberta abre as portas para a pesquisa similar envolvendo o uso de vírus enfraquecidos para determinar se eles também conferem imunidade por meio de glândulas salivares.
"Não é divertido para os médicos ou pais quando os filhos relutam durante a vacinação de rotina", disse Gerald Weissmann, editor-chefe do FASEB Journal, onde o estudo foi publicado. "É menos divertido ainda, quando você está lidando com adultos que estão morrendo de medo de injeção. Este trabalho mostra que as glândulas salivares podem se tornar a primeira linha de defesa na imunização ativa e passiva."

 
                                                                                                                   Fonte: Isaude.net


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