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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Projeto pode revolucionar aparelhos que operam por comando cerebral

Tecnologia permite que usuários relaxem mentalmente e executem tarefas secundárias enquanto controlam interfaces BCI

Uso do BCI para controlar um robô de telepresença
Controlar cadeiras de rodas e membros neuro-próteses por comando cerebral exige treinamento - para que o cérebro envie o tipo certo de sinais que operam tais interfaces - e pode ser muito cansativo. Fato que impede que a tecnologia seja útil para portadores de deficiência e outros pacientes.
Pautado nesta constatação, o professor José del R. Millán, à frente de sua equipe da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, desenvolveu uma solução, que pode colocar fim a este impasse: um sistema capaz de colher informações dos usuários e permitir períodos de descanso, além de operação multitarefa.
Multitasking with BCI Machines
   Nas interfaces cérebro-computador (BCI) utilizadas atualmente, os usuários podem enviar um dos três comandos - esquerda, direita ou nenhum comando. Nenhum comando é necessário para uma cadeira de rodas comandada pelo cérebro continuar indo em linha reta, por exemplo, ou ficar parada em frente a um alvo específico. No entanto, para que a cadeira de rodas ou pequeno robô continue seu caminho é necessário a manutenção deste " não-comando" , o que exige extrema concentração. Após cerca de uma hora, a maioria dos usuários se mostram cansados.
No projeto em curso, Millán e a doutoranda Michele Tavella ligaram voluntários ao BCI em desenvolvimento e lhes pediram para ler e falar em voz alta ao mesmo tempo em que comandavam a cadeira de rodas.
O teste permitiu ver que o novo dispositivo pode distinguir entre os comandos da esquerda e direita e saber quando cada sujeito estava enviando cada um desses comandos. Em outras palavras, a máquina aprende a ler a intenção mental do sujeito. O resultado é que os usuários podem relaxar mentalmente e também executar tarefas secundárias, enquanto controlam o BCI.
A abordagem de controle compartilhado para facilitar a interação homem-robô utiliza sensores de imagem e de processamento de imagem para evitar obstáculos. Segundo Millán, no entanto, o controle compartilhado não é suficiente para permitir que um operador possa descansar ou se concentrar em mais de um comando de uma só vez, limitando o uso em longo prazo.
Ainda demanda um tempo antes desta tecnologia de ponta sair do laboratório para a linha de produção, mas os protótipos de Millán são os primeiros modelos de trabalho de seu tipo a utilizar a teoria das probabilidades para fazer BCIs mais fáceis de usar ao longo do tempo.
O próximo passo é combinar este novo nível de sofisticação, com controle compartilhado, em um esforço contínuo para levar o BCI para o próximo nível, necessário para uso generalizado.

                                                                                                  Fonte: Isaude.net

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