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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sensor implantável é capaz de detectar risco de ataque cardíaco

Equipe mostrou que os novos implantes podem detectar três proteínas cujos níveis atingem o pico após um ataque cardíaco


Versão digitalizada do dispositivo implantável

Em cerca de 30% de todos os ataques cardíacos, o paciente não apresenta sintoma. No entanto, sinais inconfundíveis do ataque permanecem na corrente sanguínea durante vários dias.
Agora, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Centro de Pesquisa Cardiovascular do Hospital Geral de Massachusetts (MGH) desenharam um implante capaz de detectar esses sinais, o que pode auxiliar os médicos a determinar de forma mais ráida se um paciente teve um ataque cardíaco.

Autor da pesquisa Michael Cima, autor da pesquisa
Em um estudo com camundongos, a equipe mostrou que os novos implantes podem detectar três proteínas cujos níveis atingem o pico após um ataque cardíaco. Esses dispositivos podem ser usados para monitorar os pacientes que estão em alto risco de ataque, permitindo que os médicos respondam mais rapidamente em caso de infarto, impedindo que a doença cardíaca mais grave se desenvolva.
Os investigadores descobriram que os sensores detectam não apenas as proteínas, mas também revelam quanta proteína esteve presente. Isso é útil porque permite que os biomarcadores (moléculas biológicas que indicam um estado de doença), possam ser detectados, mesmo que não estejam mais no sangue, diz Michael Cima, professor de ciência dos materiais e engenharia e autor de um artigo publicado na Nature Biotechnology.
O estudo se baseia em um trabalho trabalho anterior. Em 2009, Cima e outros pesquisadores relataram um sensor capaz de detectar a gonadotrofina coriônica humana, um hormônio superproduzido em algumas células cancerígenas. A presente pesquisa demonstra que a tecnologia de sensor pode trabalhar com uma variedade de outras moléculas em concentrações encontradas no corpo.
Cima e seus colegas decidiram modificar o sensor para trabalhar com uma doença que tem biomarcadores bem definidos. Eles se juntaram ao cardiologista do MGH, doutor Paul Huang, para analisar a doença cardíaca, uma vez que já foi estabelecido que três proteínas - mioglobina, troponina I, creatina quinase - apresentam pico em um padrão característico após um ataque cardíaco .
Detecção específica
O pequeno implante em forma de disco, de dois milímetros de espessura e oito milímetros de largura, contém partículas de óxido de ferro revestidas com os anticorpos que alvejam um biomarcador específico. Uma membrana semipermeável permite que a proteína alvo entre no aparelho, onde se ligam aos anticorpos. Neste estudo, os pesquisadores implantaram seis sensores - dois para cada biomarcador de ataque cardíaco - sob a pele de cada rato e leram os resultados usando a ressonância magnética (MRI).
Um dado importante: todas as saídas dos três sensores mostraram ser proporcional ao tamanho do dano ao coração, diz Huang. Assim, não só eles podem potencialmente ser usados para detectar um ataque cardíaco, mas podem render algumas informações rápidas sobre a sua gravidade.
Este estudo marca a primeira vez que alguém usou sensores implantáveis para detectar três diferentes biomarcadores de estresse, disse Lee Josephson, professor adjunto do Centro para Pesquisa de Imagem Molecular do MGH. "Isso mostra como essa técnica é generalista", completou o pesquisador, que não esteve envolvido neste estudo. As aplicações potenciais incluem não só a detecção de doenças cardíacas e câncer, mas também o monitoramento dos níveis de glicose em pacientes diabéticos.
Cima agora desenvolve um implante que mede o pH (acidez), que poderia ser útil para detectar doenças cardíacas ou câncer. No futuro, ele pretende modificar esses sensores para detectar baixos níveis de bactérias ou vírus difíceis de detectar, ou células cancerosas migratórias. "Esta pode ser uma maneira de olhar para marcadores pequenos ou de concentrações transitórias", concluiu.
A versão atual do implante pode ser usada por cerca de dois meses, mas Cima acredita que os dispositivos poderiam ser feitos para durar mais tempo usando anticorpos que não se decompõem rapidamente.

                                                                                                 Fonte: Isaude.net



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