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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pesquisa revela origem celular de diferentes tipos de tumores da mama


Descoberta pode ter implicações em diagnósticos mais precoces e mais precisos de variações mais comuns e mais agressivas da doença


Charlotte Kuperwasser, líder da pesquisa
Cientistas da Tufts University, nos Estados Unidos, identificaram a origem celular de diferentes tipos de tumores da mama, desde os mais comuns até os mais agressivos.
A descoberta pode ter implicações em diagnósticos mais precoces e mais precisos do câncer de mama.
Existem várias formas distintas da doença, cada uma com características diferentes que exigem um tratamento específico. Os cientistas suspeitam que essas diferenças têm a ver com que tipo de células deu origem ao tumor em questão, mas até o presente estudo, ninguém havia identificado a origem celular de diversos tipos tumorais.
A maioria dos cânceres de mama se desenvolve nos dutos de leite, e estes chamados carcinomas ductais se dividem em várias categorias. Um tipo de tumor divide características genéticas e moleculares com as células luminais, produtoras de leite, que ficam no interior do duto. Outra forma, mais agressiva, se assemelha às células da camada mais externa do duto, conhecidas como células basais. É por isso que esses dois tipos comuns de câncer de mama são conhecidos como carcinoma luminal e basal, respectivamente.
Mas ninguém sabia, ao certo, se os cânceres se originavam nas células homônimas. Além disso, formas raras da doença, conhecidas como carcinomas metaplásicos, contêm células que têm pouca semelhança com as células saudáveis da mama.
Para determinar as origens de cada tipo de câncer, a pesquisadora Charlotte Kuperwasser e equipe, analisaram tecido mamário saudável descartado de cirurgias de redução da mama e separaram as células luminais das basais. Em seguida, os cientistas introduziram genes causadores de câncer, chamados oncogenes, nas células e as implantaram no tecido mamário de camundongos.
Semanas depois, os pesquisadores removeram os tumores resultantes para ver qual tipo de câncer tinham se desenvolvido a partir dos diferentes tipos de células. Os resultados mostraram que, enquanto as células luminais da mama deram origem ao tumor do tipo luminal, elas também deram origem ao tumor do tipo basal. Enquanto isso, as células basais é que deram origem aos cânceres metaplásicos raros.
Segundo os pesquisadores, o modelo desenvolvido no estudo poderia servir como uma plataforma para o desenvolvimento de drogas ou outras terapias sob medida para cada subtipo de tumor. Além disso, ele poderia ajudar os pesquisadores a identificar características físicas, ou biomarcadores, que permita distinguir entre lesões não-invasivas que podem dar origem a tumores luminais ou basais. "Isso pode nos ajudar a entender como tomar decisões de modo que ofereçamos o tratamento mais adequado para o tipo de tumor do paciente", afirma a autora da pesquisa, Patricia Keller.

Fonte: Isaude.net

Técnicas utilizam microondas para diagnóstico e tratamento contra o câncer

Procedimentos recém-criados são mais simples, menos invasivos e mais eficazes do que alternativas atuais

Andreas Fhager junto ao "microwave tomograph"
 atualmente composto por cerca de trinta
 antenas dispostas em torno de um recipiente cilíndrico
 adaptado à mama

Cientistas da Chalmers University of Technology, na Suécia, desenvolveram novas técnicas de diagnóstico e tratamento contra o câncer por meio da utilização de microondas.
As abordagens desenvolvidas são mais eficazes, menos invasivas e mais simples do que as alternativas disponíveis atualmente. A equipe espera ser capaz de testar duas técnicas diferentes em pacientes dentro dos próximos seis meses. Um método é uma alternativa à mamografia para detectar o câncer de mama. O outro visa tratar tumores na cabeça e pescoço por meio do aquecimento das células cancerosas.
equipe desenvolveram um sistema capaz de detectar o câncer de mama com uma técnica conhecida como tomografia de microondas, usada para criar imagens médicas. De acordo com os investigadores, o método tem várias vantagens sobre a mamografia. "Nós obtemos imagens tridimensionais que revelam um contraste significativamente melhor entre tecidos saudáveis e malignos em comparação com raios-X. Isso facilita a visualização de tumores muito pequenos que podem ser encobertos pelo tecido saudável, criando assim condições necessárias para um diagnóstico muito mais confiável", observa Fhager.

Processo pode ser comparado a criar uma onda
 de maré na região do tumor, enquanto o mar
 circundante permanece calmo

Na nova pesquisa, o professor Andreas Fhager e 
Segundo os pesquisadores, ao contrário dos raios-X, a técnica também emite doses desprezíveis de radiação não-ionizante, menos de um centésimo da radiação recebida quando uma pessoa fala ao telefone celular.
A ideia é usar a técnica em conjunto com uma ' mesa de tratamento' , equipada com entradas para os seios que ficam ligados a trinta antenas ou mais para realização do exame. A intenção é que a abordagem seja mais confortável para as pacientes do que a mamografia. O método também é muito menos dispendioso, não só porque o equipamento de microondas não é tão caro, mas também porque as imagens mais claras tornam a interpretação mais fácil para os médicos.
No segundo projeto, as microondas são usadas para destruir os tumores por meio do aquecimento deles, um processo conhecido como hipertermia.
Estudos clínicos demonstraram que o tratamento com radioterapia e quimioterapia convencional em combinação com a hipertermia podem dobrar a capacidade de curar de certas formas de câncer, como câncer de colo uterino e o sarcoma de tecido mole em longo prazo. "Estamos agora desenvolvendo um novo sistema de hipertermia que pode atingir tumores profundos na cabeça e no pescoço com alta precisão. Desta forma, temperaturas mais elevadas podem alcançar o tumor sem afetar o tecido ao redor", revela a pesquisadora Hana Dobsíèek Trefná.
Com o tempo, a equipe espera ser capaz de combinar ambos os métodos. Assim que um tumor for detectado, as antenas ligadas poderiam ser usadas para começar a tratar a doença de forma direta e, ao mesmo tempo monitorar que o tecido certo é aquecido. O método deve também ser aplicável a outras partes do corpo além de seios, cabeça e pescoço.

Fonte: Isaude.net

Técnica inédita de radiocirurgia no SUS trata câncer sem cortes

Método adotado pelo Instituto do Câncer de São Paulo usa radiação concentrada para destruir apenas o DNA das células cancerosas

Uma tecnologia inédita de radiocirurgia corpórea implantada no Instituto do Câncer de São Paulo permite realizar terapias mais curtas e eficazes para casos em que, por condições clínicas, os pacientes não possam ser submetidos à cirurgia convencional. O Icesp é o primeiro hospital público do país a adotar o novo procedimento.

O tratamento é indicado para tumores primários ou metástases no pulmão e na coluna vertebral, desde que isolados e com até cinco centímetros de diâmetro. A nova tecnologia visa concentrar uma grande dose de radiação em focos bastante específicos, provocando a morte das células cancerígenas por meio da quebra do DNA, com chance mínima de danos aos tecidos sadios.

O equipamento possibilita que, mesmo havendo uma pequena movimentação do tumor, provocada pela respiração, somente a área programada seja atingida. Isso porque o aparelho ajusta os disparos quando o tecido saudável fica à frente do dispositivo emissor da radiação. O procedimento dura, em média, uma hora e libera o paciente para voltar à rotina diária imediatamente.

Antes de dar início ao tratamento, uma imagem do tumor gerada pelo próprio aparelho é feita para que a equipe de médicos e físicos possa posicionar o alvo que será submetido à radiocirurgia.

Justamente por essa precisão, a técnica promove maior proteção dos tecidos vizinhos contra a radiação quando comparada ao tratamento de radioterapia convencional. Por isso, embora recebam uma dose elevada de radiação, os pacientes apresentam uma tolerância muito maior à nova técnica.

O período de tratamento também é mais curto. São necessárias de uma a cinco aplicações, número que pode saltar para 30 no caso da radioterapia comum. De acordo com o diretor Geral do Icesp, Paulo Hoff, "mesmo sendo indicada para um perfil específico de pacientes, a técnica tem revolucionado a vida de muitas pessoas, que passaram a ter acesso, pelo SUS, a um tratamento de ponta e com mais qualidade de vida".


Fonte: Isaude.net