Informação sempre

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sorrir de maneira sincera é a melhor ferramenta para elevar o dia de trabalho

Resultados de estudo mostram que sorrir apenas por sorrir pode levar à exaustão emocional e ao afastamento do trabalho


"Sorrir apenas por sorrir pode levar à exaustão
 emocional e ao afastamento do serviço, e isso é
 ruim para a empresa", diz Brent Scott

Sorrir de maneira sincera é a melhor ferramenta para garantir um bom dia de trabalho e elevar o humor. É o que sugere estudo realizado na Michigan State University, nos Estados Unidos.
"Empregadores podem pensar que simplesmente fazer seus empregados sorrir é bom para a empresa, mas isso não é necessariamente o caso", disse o pesquisador Brent Scott. "Sorrir apenas por sorrir pode levar à exaustão emocional e ao afastamento do serviço, e isso é ruim para a empresa."
Para o estudo, Scott e seu colega Christopher Barnes estudaram um grupo de motoristas de ônibus durante um período de duas semanas. Eles examinaram os efeitos das atitudes superficiais, como o sorriso falso, e atitudes mais profundas, como o cultivo de emoções positivas, recordação de memórias agradáveis ou pensamento sobre a situação atual de uma forma mais favorável.
O estudo é um dos primeiros de seu tipo para examinar demonstrações emocionais durante um período de tempo, enquanto também investigou as diferenças de gênero.
Pesquisadores afirmaram que os resultados foram mais fortes para as motoristas de ônibus femininas.
"As mulheres foram mais prejudicadas pela atuação superficial, ou seja, seu humor piorou ainda mais do que o dos homens e elas se afastaram mais do trabalho", observou Scott. "Mas elas foram mais ajudadas por atitudes mais profundas, ou seja, seu humor melhorou mais e elas se afastaram menos do trabalho."
Embora o estudo não tenha explorado as razões dessas diferenças, Scott disse que pesquisas anteriores sugeriram que as mulheres eram esperadas e mostraram uma maior intensidade e expressividade emocional positiva que os homens. Assim, forçar um sorriso enquanto ainda se sente emoção negativa conflita com esta norma cultural e pode causar até mesmo sentimentos mais prejudiciais às mulheres ao mudar os sentimentos internos.
Mas enquanto atitudes profundas parecem melhorar o humor, a curto prazo, Scott disse que a descoberta vem com uma advertência.
"Houve algumas sugestões que, se você fizer isso durante um longo período você começa a sentir inautêntico", disse ele. "Sim, você está tentando cultivar emoções positivas, mas no final do dia, você não pode não se sentir como você mesmo."

 
                                                                                                       Fonte: Isaude.net

Impressora de tecidos e órgãos pode significar mudança histórica na medicina

Cientistas utilizam uma impressora convencional, substituindo a tinta por uma solução celular para produzir órgãos em 3D


Início do processo de confecção da tinta  da nova
impressora. As células vivas são giradas em uma
centrífuga, cortadas e trituradas e isso resulta em
 esferas minúsculas que fluem como um líquido


Tecnologia usada para imprimir documentos também pode criar tecidos vivos. A técnica, desenvolvida por cientistas da Universidade Médica da Carolina do Sul e da Universidade Clemson (EUA), pode, em um futuro próximo, ser usada para produzir órgãos em miniatura para testar drogas. Em matéria divulgada pela BBC News, os cientistas responsáveis pelo projeto disseram que ainda esperam um dia poder utilizar a tecnologia de impressão para criar órgãos inteiros.
Tecnologia de impressão convencional
Quando um documento é impresso, a tinta é distribuída em um padrão específico no papel. Para criar três estruturas de tecido dimensional, pesquisadores americanos modificaram impressoras para usar uma solução de célula em vez de tinta.
Eles então imprimiram camadas repetidamente, criando uma estrutura em 3D. Especialistas na Grã-Bretanha disseram que o uso de células em vez de um polímero representa um grande avanço para a medicina regenerativa. No entanto, o uso da tecnologia no tratamento médico ainda tem um longo caminho, alertaram.
This emerging technology was demonstrated at a news briefing Sunday at the AAAS Annual Meeting. During the presentation, the machine constructed a model of ear cartilage printed out of silicon.
A técnica
Na técnica, desenvolvida por médicos da Carolina do Sul e de Clemson, cartuchos de tinta convencionais foram lavados e reabastecidos com soluções celulares.
Então, o software que controla a forma como os fluidos dos cartuchos de se comportam, incluindo propriedades como resistência e temperatura, foi reprogramado.
Para criar estruturas 3D, um gel não-tóxico biodegradável foi projetado por cientistas da Universidade de Washington. O gel é um líquido abaixo de 20°C e solidifica acima de 32°C.
Durante a pesquisa, os cientistas descobriram que, enquanto as camadas fossem suficientemente finas para as touceiras entrar em contato umas com as outras, os pedaços de tecido iriam se fundir.
O gel pode ser facilmente removido, deixando a estrutura 3D.
A equipe de investigação, liderada pelo doutor Vladimir Mironov, da Universidade Médica da Carolina do Sul, disse que a técnica de impressão de tecido permitiu que tecidos fossem criados mais rapidamente do que a técnica já existente, onde um "andaime" é feito, e as células são semeadas sobre ele.
"O problema é que você nunca pode criar um órgão com um suprimento de sangue ", disse o pesquisador à BBC.
"Nós podemos imprimir o tecido que tem cinco centímetros de espessura em duas horas, e podemos imprimir um sistema de vasos sanguíneos ".
"O próximo passo é imprimir um elemento pequeno de um órgão, chamado de unidade estrutural funcional. Ela deve conter todos os elementos necessários que refletem a função do órgão".
Mironov acrescentou ainda que "estes órgãos poderiam ser utilizados como sistemas de testes de drogas ou para testar o tratamento que é melhor para um paciente. Por exemplo, uma biópsia de um tumor poderiam ser tomadas e as drogas testadas para ver qual é mais adequado para o paciente".
Órgãos inteiros
Para Anthony Atala, engenheiro de tecidos na Universidade de Harvard, "essa tecnologia é extremamente excitante, pois tem potencial para superar alguns dos principais obstáculos que vimos no passado".
Já o professor Tim Hardingham, diretor do Centro para Engenharia de Tecidos do Reino Unido disse à BBC que "a tecnologia de impressão representa uma variedade de promessas ".
"Mas há muito trabalho para saber como podemos aplicá-la realmente".

 
                                                                                                              Fonte: Isaude.net

Uso de maconha pode afetar negativamente desempenho sexual masculino

Consumo da droga atua sobre receptores no pênis tornando mais difícil para um homem alcançar e manter uma ereção


Uso de maconha pode afetar negativamente o desempenho sexual masculino. A descoberta é de pesquisadores da Queens University, no Reino Unido.
Resultados de estudo realizado em animais e "in vitro" revelaram novas conexões negativas entre o consumo da droga e a disfunção sexual que pode pôr fim à controvérsia levantada por estudos anteriores.
"A cannabis é a droga ilícita mais usada globalmente", disse o pesquisador Rany Shamloul. "Ela também é frequentemente usada pelos jovens, pessoas sexualmente ativas que não estão cientes dos efeitos danosos que ela pode ter sobre sua saúde sexual e desempenho."
Embora fosse conhecido anteriormente que a maconha pode afetar certos receptores no cérebro, os pesquisadores agora acreditam que esses receptores também existem no pênis.
O consumo de cannabis pode ter um efeito antagonista sobre esses receptores no pênis, tornando mais difícil para um homem alcançar e manter uma ereção.
Pesquisas anteriores, examinando os efeitos do uso da maconha sobre a função sexual masculina têm sido limitadas e muitos destes estudos têm produzido resultados contraditórios.
Enquanto alguns estudos apontam que a maconha pode ter efeitos benéficos na melhoria da função erétil, outros estudos encontraram o oposto.

 
                                                                                                            Fonte: Isaude.net

Comer chocolate é um deleite saudável e benéfico ao coração

No entanto, especialistas alertam que importante saber escolher o chocolate e que a moderação é a chave para os benefícios

Pesquisas apontam que o chocolate escuro melhora
 o fluxo sanguíneo, diminui a pressão arterial e o
risco de coágulos sanguíneos

Alterações na dieta nem sempre agradam. A boa notícia para os praticantes da boa saúde e para os chocólatras é que o chocolate faz bem ao coração.
Pesquisas defendem que o chocolate melhora o fluxo sanguíneo, diminui a pressão arterial e o risco de coágulos sanguíneos. Até mesmo o Dietary Guidelines Comité observa a ligação entre o chocolate escuro e a saúde do coração.
No entanto, especialistas da Universidade Estadual do Colorado, Estados Unidos, explicam que tal como acontece com todas as coisas boas, existem algumas ressalvas à inclusão do chocolate na dieta.
A escolha deve ser cuidadosa: o teor de flavonóides varia de acordo com a fórmula do chocolate. Quanto maior a porcentagem de cacau, maior o nível de flavonol - substância associada com a saúde do coração e outros benefícios. O cacau natural é rico em flavonóides e contém baixo teor de gordura. À medida que baixamos o sabor amargo, diminuímos o nível de flavonol.
O chocolate branco, por exemplo, contém pelo menos 20% da manteiga de cacau, sólidos do leite e açúcar, mas nenhum dos flavanóide do cacau saudável. Já o chocolate ao leite contém cerca de 7% a 35% de cacau. Enquanto o teor do chocolate escuro varia entre 30% e 80% de cacau, aumentando a porcentagem de flavonóides e maximizando os benefícios para a saúde. Recomenda-se o consumo de chocolate com pelo menos 70% de cacau.
Como tudo, a moderação é a chave para os benefícios. O chocolate que consumimos é processado para tornar o sabor mais gostoso e equilibrar o sabor amargo natural do cacau, que tem gordura e açúcar tornando-o cheio de calorias. Para controlar o peso e expandir os benefícios para a saúde do coração, recomenda-se limitar a apreciação a um grama por dia.
A culinária busca sempre inovações. Uma opção é o chocolate enriquecido com antioxidantes. O raciocínio por trás desses produtos nutracêuticos ou alimentos fortificados com benefícios para a saúde destinados, é que se os fitoquímicos presentes naturalmente são bons, por que não estimulá-los e adicionar mais para torná-los ainda mais saudáveis? Estes alimentos fortificados com chocolate não são necessariamente melhores.
Se você está procurando fitoquímicos presentes naturalmente nos alimentos, além de cacau, vai encontrá-los em certas frutas e legumes, alimentos de soja, farelo de trigo, aveia e vinho tinto com menos calorias e menos dinheiro.
Independentemente de como é o chocolate, desfrutar de um pouco de doçura com este tratamento faz bem ao coração.

 
                                                                                                          Fonte: Isaude.net

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pesquisador brasileiro demonstra efeitos da malária em um corpo infectado

À publicação, cientista destaca que, com uma intervenção feita em laboratório, os piores sintomas da doença puderam ser evitados

O pesquisador da Fiocruz Minas, Ricardo Gazzinell

A edição online de 23 de fevereiro da revista científica 'Nature' traz uma matéria sobre um estudo desenvolvido na Fiocruz Minas, coordenado pelo pesquisador Ricardo Gazzinelli. A matéria Immunology: Modulating malaria's mayhem apresenta a pesquisa e leva ao texto completo Therapeutical targeting of nucleic acid-sensing Toll-like receptors prevents experimental cerebral malaria. O estudo destaca os efeitos da malária em um corpo infectado, causados como forma de resposta imune aos micróbios invasores.
À publicação, Gazzinelli destaca que, com uma intervenção feita em laboratório, os piores sintomas da doença puderam ser evitados. Para alcançar os resultados, o grupo coordenado pelo pesquisador realizou experimentos em ratos infectados com malária. Eles lançaram mão de uma pequena molécula para bloquear os receptores responsáveis pelos efeitos observados no processo de inflamação. "O inibidor melhorou e muito a sobrevivência dos animais e diminuiu a prevalência de sintomas da malária cerebral, como convulsões. A estratégia pode ajudar a reduzir mortalidade na ausência de uma vacina preventiva, segundo os autores", explica a revista.
Participam da equipe liderada por Ricardo Gazzinelli os pesquisadores Bernardo Simões Franklin e Marco Antônio Ataíde Silva, da Fiocruz Minas, e colaboradores da Divisão de Doenças Infecciosas e Imunologia do Departamento de Medicina da Universidade de Massachusetts, do Instituto de Pesquisas Eisai e do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O artigo foi recebido para revisão em 19 de outubro de 2010 e aprovado para publicação pela Nature em 21 de janeiro de 2011. O texto recebeu edição de Charles Dinarello, da Universidade de Colorado.

 
                                                                                                     Fonte: FIOCRUZ

Medicamento para perda óssea reduz risco de câncer de cólon pós-menopausa

Efeito, se comprovado, pode levar à recomendação para o uso destes medicamentos para a prevenção do câncer

"Agora, podemos acrescentar os bisfosfonatos
à lista de ferramentas potenciais para a prevenção
 de câncer colorretal", diz Stephen Gruber, autor sênior
do estudo

Medicamentos usados para a prevenção da perda óssea reduzem pela metade o risco de câncer colorretal pós-menopausa. A descoberta é de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Resultados do estudo apoiam o papel dos bisfosfonatos como uma nova classe de droga possível para a prevenção do câncer.
"Nós anteriormente identificamos uma nova classe de drogas associada com um risco reduzido de câncer de mama", disse o pesquisador Gad Rennert. "E, agora, mostrando um efeito similar sobre a redução do risco de câncer colorretal, podemos supor que esta classe de medicamentos tem um efeito amplo."
De acordo com os pesquisadores, tal efeito, se comprovado em estudos aleatórios, poderiam levar à recomendação para o uso destes medicamentos pela população em geral para a prevenção do câncer.
Rennert e colegas coletaram dados do estudo de Epidemiologia Molecular do Câncer Colorretal (MECC), em uma população no norte de Israel. Usando registros de farmácia, a equipe avaliou o uso de bifosfonatos em 1.866 participantes do sexo feminino na pós-menopausa.
Os pesquisadores descobriram que a utilização de bifosfonatos antes do diagnóstico foi fortemente associada com significativa redução do risco de câncer colorretal.
"Os bisfosfonatos dividem os mesmo caminho de ação metabólica do mevalonato assim como as estatinas, que nós previamente mostramos como sendo associadas com a redução do risco de câncer colorretal", afirmou o autor sênior do estudo, Stephen Gruber.
"Embora a doença geralmente seja causada por maus hábitos alimentares e falta de atividade física, ela pode ser impedida por diversos medicamentos, como aspirina e medicamentos para baixar o colesterol do grupo da estatina", observou Rennert. "E agora, podemos acrescentar os bisfosfonatos à lista de ferramentas potenciais para a prevenção de câncer colorretal."

 
                                                                                                            Fonte: Isaude.net

Identificada proteína que facilita destruição de células leucêmicas

CD19-L é expresso na superfície dos linfócitos T e permite que eles se liguem seletivamente ao receptor



Cientistas do Centro Infantil de Câncer e Doenças do Sangue e do Instituto de Pesquisa Saban do Hospital Infantil de Los Angeles, Estados Unidos, anunciaram ço na compreensão de como o corpo luta contra a leucemia.
Os cientistas identificaram uma proteína, chamada ligante CD19 (CD19-L), localizada na superfície de certas células brancas do sangue que facilita o reconhecimento e destruição de células de leucemia pelo sistema imunológico. Este trabalho representa o primeiro relatório de uma versão de bioengenharia de CD19-L, um agente humano recombinante bioterapêutico que alveja as células-tronco leucêmicas CD19-positivas.
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é o câncer mais comum em crianças e adolescentes. Apesar de ter recebido a quimioterapia intensiva, alguns pacientes apresentam recorrência da doença. Para estes indivíduos, a perspectiva de sobrevida a longo prazo é ruim.
"Precisamos de novas terapias anti-leucemia capazes de matar células de leucemia resistentes a quimioterapia em pacientes com LLA", disse Fatih Uckun, primeiro autor no papel que foi publicado no jornal britânico da hematologia. "Estas são as células mais difíceis de tratar. O desafio é matar essas células, deixando as células saudáveis intactas".
Os linfócitos, um tipo de glóbulo branco envolvido na função imunológica, são categorizados como as células B ou células T. O CD19-L, elemento recém-descoberto, é expresso na superfície dos linfócitos T e permite que eles se liguem seletivamente ao receptor CD19 na superfície de células de leucemia de linhagem B, células-tronco leucêmicas responsáveis pela sobrevivência e expansão da população de células de leucemia.
Uma vez que o CD19-L se liga a células de leucemia, a morte celular ocorre. Embora o elemento seja abundantemente expresso nas células de pacientes com leucemia de linhagem B LLA, está ausente em células vermelhas, células T e na medula óssea normal, tornando-se específico e, portanto, um bom alvo terapêutico.
Uckun e colegas de bioengenharia prepararam uma formulação líquida altamente purificada da proteína CD19-L humana. Esta proteína recombinante não só mostra ligação seletiva para as células de leucemia, mas também provoca a sua destruição rápida em 24 horas. O CD19-L matou mesmo aquelas células de leucemia que foram altamente resistentes a ambos os fármacos de quimioterapia padrão, bem como radiação.
A identificação de CD19-L pode levar à inovação terapêutica para a leucemia infantil, permitindo a destruição seletiva de células-tronco leucêmicas.
De acordo com Uckun, o próximo passo será avaliar com cuidado esse novo agente para o potencial clínico contra a leucemia e confirmar em estudos pré-clínicos se a destruição de células leucêmicas pode ser alcançada com doses não-tóxicas.
"O CD19 ligante, oferece um sistema de defesa não reconhecido anteriormente contra a leucemia e abre um novo leque de possibilidades terapêuticas para o tratamento da leucemia", disse Stuart Siegel, diretor do Centro de Câncer e Doenças do Sangue do Hospital Infantil de Los Angeles.

 
                                                                                                  Fonte: Isaude.net

Asma pode ter como causa o microbiota bacteriano formado nas vias aéreas

Com novos métodos de detecção, pesquisadores aprenderam que diversidade de microrganismos no trato respiratório é muito mais vasta

A asma pode ter uma surpreendente relação com a composição das espécies de bactérias que habitam as vias aéreas brônquicas, uma descoberta que pode sugerir um tratamento novo ou até mesmo possíveis curas para a doença inflamatória, segundo estudo liderado pela Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), Estados Unidos.
Usando novos métodos de detecção, os pesquisadores aprenderam que a diversidade de microrganismos no interior do trato respiratório é muito mais vasta do que se suspeitava anteriormente - a criação de um bairro microbiano complexo e interligado que parece estar associado à asma e é semelhante ao encontrado na doença inflamatória intestinal, vaginite, periodontite, e possivelmente, até mesmo na obesidade.
Ao contrário da crença popular, os cientistas também descobriram que as vias aéreas não são necessariamente ambientes totalmente estéreis, mesmo em pessoas saudáveis. Nos asmáticos as vias aéreas são infectadas por uma rica coleção mais complexa de bactérias. Esses achados podem melhorar o entendimento da biologia da asma e, potencialmente, levar a novas terapias.
"As pessoas achavam que a doença era causada pela inalação de alérgenos, mas este estudo mostra que pode ser mais complicado do que isso - a asma pode envolver a colonização das vias aéreas por bactérias diversas'', disse o co-autor Homer Boushey, professor de medicina na UCSF.
A doença
A asma é uma das doenças mais comuns no mundo, com aproximadamente 300 milhões de asmáticos, incluindo 24 milhões nos Estados Unidos, de acordo com o Centers for Disease Control. A doença aumentou nos últimos 60 anos.
"Ela passou de 3% da população para pouco mais de 8% nos EUA'', disse Boushey. "É mais prevalente na Europa Ocidental e nos países desenvolvidos - mas não sabemos o porquê''.
Nos últimos anos, os cientistas começaram a estudar comunidades de microrganismos de espécies mistas (microbioma) encontrados tanto em pessoas doentes quanto nas saudáveis para melhor compreender o seu papel em uma variedade de doenças. Mas a investigação sobre o microbioma na doença respiratória é relativamente um terreno desconhecido.
"Nós sabemos bem pouco sobre a diversidade, complexidade e função coletiva das bactérias que vivem no trato respiratório e como elas podem contribuir para doenças como a asma'', disse Yvonne J. Huang, autora principal do artigo.
"Tradicionalmente, acreditava-se que as vias aéreas eram esterilizadas. No entanto, este estudo sugere que este não é o caso. Alguns pacientes asmáticos que necessitam de corticóide inalatório possuem uma grande abundância de bactérias em comparação com indivíduos saudáveis e têm uma maior abundância relativa dos organismos específicos correlacionados com uma maior sensibilidade das vias aéreas'.'
O estudo
No projeto piloto de três anos, os cientistas coletaram amostras do revestimento das vias aéreas de 65 adultos com asma ligeira a moderada e 10 indivíduos saudáveis. Em seguida, usando uma ferramenta que pode identificar cerca de 8.500 grupos distintos de bactérias em um único ensaio, os cientistas perfilaram os organismos presentes em cada amostra e olharam as relações entre a composição da comunidade bacteriana e as características clínicas da asma dos pacientes.
Os pesquisadores descobriram que as amostras das vias aéreas brônquicas de pacientes asmáticos continham muito mais bactérias do que as amostras provenientes de pacientes saudáveis. Os cientistas também encontraram maior diversidade bacteriana em pacientes asmáticos que tinham as vias aéreas mais hiper-sensível ou sensível (uma característica da asma).
"As pessoas têm visto a asma como uma reação imune equivocada às exposições ambientais, mas poucos têm pensado no contexto da composição da microbiota das vias aéreas'', disse a autora Susan Lynch, professora assistente de medicina na UCSF.
"Nós tomamos uma abordagem ecológica, considerando-se as bactérias no contexto de suas comunidades microbianas para identificar relações entre as características dessas comunidades e as características da doença. Esta nova abordagem vai nos ajudar a compreender melhor a relação hospedeiro-microbiota que definem a saúde humana''.
Os autores dizem que mais estudos são necessários para determinar como essas bactérias específicas, identificadas no estudo, podem influenciar a causa e o desenvolvimento de asma.

 
                                                                                  Fonte: Isaude.net


Após transplante raro californiano passa a ter dois corações

Remoção e substituição do velho coração teria levado o novo órgão a falhar, juntos, os dois corações, dividem as atividades

Tyson Smith tem agora dois corações que
 batem em sincronia

Pesquisadores da University of California San Diego Center for Transplantation, nos Estados Unidos, realizaram cirurgia cardíaca rara que transplantou um coração novo em um paciente sem a retirada do órgão doente.
A equipe de pesquisa realizou a cirurgia cardíaca, conhecida como transplante cardíaco heterotópico, na qual o coração do paciente Tyson Smith permaneceu no local, enquanto um segundo órgão de um doador foi implantado. O paciente agora possui dois corações.
"Smith é um pioneiro entre os pacientes de transplante

Equipe realizou o transplante cardíaco heterotópico,
procedimento no qual o coração do paciente
permanece no local, enquanto um segundo é implantado.

de coração. Este é um procedimento muito raro, mas vale a pena ter como opção para a reposição cardíaca. É uma operação segura, com uma sobrevivência média de dez anos", afirma o diretor de transplantes Jack Copeland.
Os pesquisadores explicaram que embora Smith estivesse enfrentando a morte, ele não poderia ter um transplante de coração normal. A remoção e substituição do velho coração teria levado o novo órgão a falhar, em função da resistência do fluido em seus pulmões - hipertensão pulmonar - ser tão alta.
"Mas juntos, os dois corações dividem as atividades para terminarem o trabalho", acrescentou o professor adjunto Michael Madani.
Transplante cardíaco heterotópico, realizado pela UC San Diego, faz com que dois corações trabalhem em sincronia no peito de um paciente.
Como funciona
No procedimento heterotópico, o novo coração é posicionado no lado direito do coração do próprio paciente. Os átrios esquerdos do doador e do destinatário são cirurgicamente ligados uns aos outros, permitindo que o sangue oxigenado do coração original do paciente flua para o órgão transplantado. Em seguida, esse sangue é então bombeado pelo novo ventrículo esquerdo para a aorta do paciente, que fornece um fluxo mais forte para todas as partes do corpo.
"Smith tinha duas opções: o dispositivo mecânico de assistência ventricular esquerda (DAV), que substituiria a função do coração esquerdo e permitiria que ele esperasse um transplante de coração normal em poucos meses, ou o chamado transplante "piggy back", que substitui o coração esquerdo do paciente e permite que o coração direito do paciente continue o bombeamento através dos pulmões", observou Copeland. "Desta forma, Smith precisou de apenas uma operação, ao invés de duas, o que economizou o tempo do paciente, a inconveniência e a dor, e reduziu os custos médicos."
Os médicos esperam que Smith possa ter alta do hospital em duas semanas e volte ao nível normal de atividade dentro dos próximos meses.

 
                                                                                                  Fonte: Isaude.net

Projeto pode revolucionar aparelhos que operam por comando cerebral

Tecnologia permite que usuários relaxem mentalmente e executem tarefas secundárias enquanto controlam interfaces BCI

Uso do BCI para controlar um robô de telepresença
Controlar cadeiras de rodas e membros neuro-próteses por comando cerebral exige treinamento - para que o cérebro envie o tipo certo de sinais que operam tais interfaces - e pode ser muito cansativo. Fato que impede que a tecnologia seja útil para portadores de deficiência e outros pacientes.
Pautado nesta constatação, o professor José del R. Millán, à frente de sua equipe da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, desenvolveu uma solução, que pode colocar fim a este impasse: um sistema capaz de colher informações dos usuários e permitir períodos de descanso, além de operação multitarefa.
Multitasking with BCI Machines
   Nas interfaces cérebro-computador (BCI) utilizadas atualmente, os usuários podem enviar um dos três comandos - esquerda, direita ou nenhum comando. Nenhum comando é necessário para uma cadeira de rodas comandada pelo cérebro continuar indo em linha reta, por exemplo, ou ficar parada em frente a um alvo específico. No entanto, para que a cadeira de rodas ou pequeno robô continue seu caminho é necessário a manutenção deste " não-comando" , o que exige extrema concentração. Após cerca de uma hora, a maioria dos usuários se mostram cansados.
No projeto em curso, Millán e a doutoranda Michele Tavella ligaram voluntários ao BCI em desenvolvimento e lhes pediram para ler e falar em voz alta ao mesmo tempo em que comandavam a cadeira de rodas.
O teste permitiu ver que o novo dispositivo pode distinguir entre os comandos da esquerda e direita e saber quando cada sujeito estava enviando cada um desses comandos. Em outras palavras, a máquina aprende a ler a intenção mental do sujeito. O resultado é que os usuários podem relaxar mentalmente e também executar tarefas secundárias, enquanto controlam o BCI.
A abordagem de controle compartilhado para facilitar a interação homem-robô utiliza sensores de imagem e de processamento de imagem para evitar obstáculos. Segundo Millán, no entanto, o controle compartilhado não é suficiente para permitir que um operador possa descansar ou se concentrar em mais de um comando de uma só vez, limitando o uso em longo prazo.
Ainda demanda um tempo antes desta tecnologia de ponta sair do laboratório para a linha de produção, mas os protótipos de Millán são os primeiros modelos de trabalho de seu tipo a utilizar a teoria das probabilidades para fazer BCIs mais fáceis de usar ao longo do tempo.
O próximo passo é combinar este novo nível de sofisticação, com controle compartilhado, em um esforço contínuo para levar o BCI para o próximo nível, necessário para uso generalizado.

                                                                                                  Fonte: Isaude.net

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Brasil desenvolve primeira vacina vegetal do mundo para combate à dengue

A nova tecnologia desenvolvida na UECE deverá combater os quatro tipos de manifestação do vírus, incluindo o hemorrágico

Resultados obtidos através de testes em
camundongos foram positivos e os animais passaram
 a produzir anticorpos protetores contra a dengue.

Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) desenvolveram a primeira vacina de origem vegetal no mundo para combate do vírus da dengue. Segundo a professora Isabel Florindo Guedes, bioquímica responsável pela pesquisa, o processo é totalmente pioneiro, " até o momento nenhuma vacina no mundo tinha sido produzida a partir de uma planta para combater a doença" , ressalta. A nova tecnologia, desevolvida com feijão de corda, deverá combater os quatro tipos de manifestação do vírus, incluindo o hemorrágico.

A nova tecnologia, desevolvida com feijão de corda,
deverá combater os quatro tipos de manifestação do vírus,
 incluindo o hemorrágico.


Feijão de corda (Vigna unguiculata) foi o
 vegetal utilizado no procedimento para produção
de antígenos para combater o vírus da dengue.

O feijão de corda (Vigna unguiculata) foi o vegetal utilizado no procedimento para produção de antígenos para combater o vírus da dengue. No processo, os cientistas injetaram genes do vírus na planta, a qual desenvolveu as proteínas anticorpos capazes de gerar as defesas do organismo. A partir daí, os antígenos foram isolados, podendo então ser aplicados em forma de vacina. De acordo com os pesquisadores, uma única planta pode gerar até 50 doses de vacina. As vantagens da vacina pelos  pesquisadores da Uece são inúmeras, dentre elas, o  seu método inovador de produção, baixo custo e redução de reações alérgicas, comuns nas vacinas desenvolvidas em métodos tradicionais, que utilizam organismos vivos e vírus atenuados.

Os resultados obtidos através de testes em camundongos foram positivos; os animais passaram a produzir anticorpos protetores contra a dengue. O próximo passo é iniciar testes clínicos em seres humanos. Para Isabel Guedes, "é necessário desenvolver drogas eficientes no combate à dengue. Essa é uma preocupação mundial. Além disso, o custo de prevenção pode ser menor do que os tratamentos convencionais de pacientes infectados" , destaca.
A Uece protegeu a pesquisa por meio do seu Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), através de depósito de pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Neste momento, o NIT e a Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica do Ceará (Redenit-CE) estão na transferência desta tecnologia para o mercado, a fim de que a vacina possa ser produzida em escala industrial.

 
                                                                                                           Fonte: Isaude.net

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Nova abordagem da vacina pneumocócica é bem sucedida em testes iniciais

Vacina inibe bactérias imitando imunidade naturalmente adquirida, mostrando-se eficiente na eliminação das diferentes cepas

Descoberta abordagem que levou pesquisadores do Hospital Infantil de Boston (EUA) e da Genocea Biosciences Inc., em colaboração com a organização internacional sem fins lucrativos PATH, a desenvolverem vacina barata e capaz de oferecer proteção contra qualquer cepa do pneumococo.
O pneumococo (Streptococcus pneumoniae) é responsável por cerca de 11% da mortalidade em crianças pequenas no mundo todo.
Testada em camundongos, a vacina à base de proteínas inibiu o S. pneumoniae de estabelecer uma posição no corpo, relatam os investigadores na revista Cell Host & Microbe.
As vacinas pneumocócicas conjugadas multivalentes atuais trabalham induzindo as pessoas a produzir anticorpos contra os açúcares na cápsula externa da bactéria. Os anticorpos, então, ajudam a combater o desenvolvimento da doença após as bactérias terem colonizado a região do corpo. Essas vacinas são complexas para a fabricação, pois exigem que o corpo produza anticorpos para cada açúcar do pneumococo. Como a bactéria produz 90 tipos diferentes de açúcar, as vacinas tornam-se caras e menos eficazes com o tempo.
A vacina à base de proteína tem uma abordagem diferente: estimula um grupo de células no corpo conhecido como Th17. Estas células fornecem imunidade natural à infecção pneumocócica, limpando as bactérias das superfícies do trato respiratório superior, onde inicia a infecção.
O estudo - liderado por Richard Malley, Kristin Moffit, Todd Gierahn e Jessica Flechtner - começou por avaliar uma biblioteca completa de proteínas de S. pneumoniae, buscando aquelas que estimularam as células TH17 em camundongos. Eles identificaram proteínas pneumocócicas específicas que ativaram células Th17 e as usaram para fazer uma nova formulação da vacina.
"Os próximos passos, já em andamento, são otimizar a formulação da vacina, confirmar a sua eficácia e segurança em animais, e então proceder a testes em humanos", disse Malley.

 
                                                                                                               Fonte: Isaude.net

Cientistas descobrem que esqueleto controla fertilidade masculina

Resultados mostraram que hormônio liberado pelos ossos aumenta a produção de testosterona, que controla a fertilidade nos machos

Pesquisadores da Columbia University Medical Center, nos Estados Unidos, descobriram que o esqueleto atua como um regulador de fertilidade em ratos machos através de um hormônio liberado pelos ossos, conhecido como a osteocalcina.
O líder do estudo, Gerard Karsenty e sua equipe fizeram várias experiências que mostram que a osteocalcina aumenta a produção de testosterona, um hormônio sexual esteróide que controla a fertilidade masculina.
À medida que eles acrescentaram osteocalcina às células que, no nosso corpo produzem testosterona, sua síntese aumentou. Da mesma forma, quando eles injetaram osteocalcina nos camundongos machos, os níveis circulantes de testosterona também aumentaram.
Inversamente, quando a osteocalcina não estava presente, houve queda dos níveis de testosterona, o que provocou diminuição na contagem de espermatozoides. Quando camundongos machos deficientes em osteocalcina foram criados com fêmeas normais, os pares produziram apenas metade do número de ninhadas do que os ratos machos normais, além de terem uma diminuição no número de filhotes por ninhada.
Embora os resultados ainda não tenham sido confirmados em humanos, Karsenty espera encontrar características semelhantes em seres humanos, baseado em outras semelhanças entre os hormônios dos ratos e os hormônios humanos.
Os pesquisadores acreditam que, se a osteocalcina também promove a produção de testosterona nos homens, baixos níveis de osteocalcina podem ser a razão pela qual alguns homens inférteis têm inexplicáveis baixos níveis de testosterona.
Ação exclusivamente masculina
Surpreendentemente, embora as descobertas tenham surgido de uma observação sobre o estrogênio e a massa óssea, os investigadores não puderam encontrar nenhuma evidência de que o esqueleto influencia a reprodução feminina.
O estrogênio é considerado um dos hormônios mais poderosos do osso. Quando o ovário para de produzir estrogênio em mulheres após a menopausa, a massa óssea diminui rapidamente e pode levar à osteoporose.
Os hormônios sexuais, ou seja, estrógeno nas mulheres e a testosterona nos homens, têm sido conhecidos por afetar o crescimento do esqueleto, mas até agora, os estudos sobre a interação entre os ossos e do sistema reprodutivo têm enfocado apenas sobre como os hormônios sexuais afetam o esqueleto.
"Nós não sabemos porque o esqueleto regula a fertilidade masculina e não a feminina. No entanto, se você deseja propagar a espécie, provavelmente é mais fácil fazer isso facilitando a capacidade reprodutiva dos machos", disse Karsenty. "Esta é a razão que eu posso pensar em explicar por que a osteocalcina regula a reprodução em ratos do sexo masculino e não feminino."
Próximos passos
Agora os pesquisadores pretendem determinar as vias de sinalização utilizadas pela osteocalcina para aumentar a produção de testosterona.
Os pesquisadores também acreditam que as descobertas podem levar ao desenvolvimento de medicamentos em potencial, já que eles também identificaram um receptor de osteocalcina. A equipe espera desenvolver uma droga mais flexível que imite o efeito da osteocalcina no organismo.
"Este estudo amplia o repertório fisiológico da osteocalcina, e fornece a primeira evidência de que o esqueleto é um regulador de reprodução", afirmou Karsenty.

 
                                                                                                                Fonte: Isaude.net

Cientistas apontam risco no consumo do corante caramelo usado em refrigerantes

Reações químicas resultam na formação de 2-metilimidazole e 4-metilimidazole que foram relacionados ao desenvolvimento de câncer

Entidade reguladora norte-americana apresentou
 petição para proibir corantes de caramelo sob suspeita
de serem cancerígenos
O corante caramelo, usado em refrigerantes como Pepsi, Coca-Cola e outros alimentos, pode estar contaminado com dois produtos químicos causadores de câncer e deve ser proibido, de acordo com uma petição de regulamentação apresentada pelo Center for Science in the Public Interest - Centro para Ciência no Interesse Público - (CSPI), dos Estados Unidos.
Em contraste com o caramelo que pode ser feito em casa derretendo açúcar em uma panela, o corante artificial marrom em refrigerantes colas e outros produtos é feito pela reação da amônia com açúcares sulfitos sob alta pressão e temperaturas.
Reações químicas resultam na formação de 2-metilimidazole e 4-metilimidazole que, em estudos realizados pelo governo norte-americano, foram relacionados aos cânceres de pulmão, fígado, tireóide ou leucemia nos ratos de laboratório.
O Programa Nacional de Toxicologia, divisão do Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental que realizou os estudos com animais, disse que há "claras evidências" de que ambos os 2-MI e o 4-MI são cancerígenos. Os produtos químicos que causam câncer em animais são considerados uma ameaça de câncer em humanos. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Davis (EUA), encontraram níveis significativos de 4-MI, em cinco marcas de cola.
"Corantes cancerígenos não têm lugar no fornecimento de alimentos, especialmente considerando que a sua única função é cosmética", disse o diretor executivo do CSPI, Michael F. Jacobson. "O FDA (Food and Drug Administration) deve agir rapidamente para revogar a aprovação de corantes caramelo feitos com amônia".
Os regulamentos federais distinguem entre quatro tipos de corante caramelo, dois dos quais são produzidos com amônia e dois sem. O CSPI quer que a FDA proiba os dois feitos com amoníaco. O tipo usado em colas e outros refrigerantes escuros é conhecido como o Carmelo IV, ou caramelo processo sulfito de amônia.
Cinco especialistas de destaque na carcinogênese em animais, incluindo várias pessoas que têm trabalhado no Programa Nacional de Toxicologia, juntaram-se ao CSPI para pedir que a FDA barre o uso de corantes caramelo feito com um processo de amônia. "O público americano não deve ser exposto a qualquer risco de câncer de qualquer tipo, como resultado do consumo de tais produtos químicos, especialmente quando eles servem a um propósito não essencial" escreveram os cientistas em uma carta a comissária da FDA, Margaret Hamburg.
O CSPI também diz que a frase "corante caramelo" é enganosa quando usada para descrever a coloração feita com amônia ou sulfito. Os termos "caramelo processo de amônia" ou "caramelo processo sulfito de amônia" seriam mais corretos e as empresas não devem ser autorizadas a rotular todos os produtos que contenham corantes, como "natural", de acordo com o grupo.
"A maioria das pessoas podem interpretar corante caramelo como colorido com caramelo, mas este ingrediente tem pouco em comum com caramelo", disse Jacobson. "É uma mistura de marrom escuro concentrada de substâncias químicas que simplesmente não ocorrem na natureza. O caramelo regular não é saudável, mas não está contaminado com substâncias cancerígenas".

 
                                                                                                      Fonte: Isaude.net

Gene do nanismo pode estar ligado à proteção contra o câncer e o diabetes

Comunidade estudada inclui membros com síndrome de Laron, deficiência que impede organismo de usar hormônio do crescimento

Estudo com indivíduos portadores do nanismo sugere que a mutação do crescimento pode estar ligada à proteção contra duas das piores doenças da humanidade: o câncer e o diabetes.
Publicado na Science Translational Medicine, o estudo levanta a possibilidade de assegurar proteção semelhante em adultos maduros por outros meios, tais como medicamentos ou dietas controladas.
A equipe do estudo internacional, liderado pelo biólogo celular Valter Longo na Escola de Gerontologia da Universidade Southern Califórnia (USC), Estados Unidos, e pelo endocrinologista Jaime Guevara-Aguirre, em colaboração com a Escola Keck de Medicina da USC e de outros parceiros, seguiu uma remota comunidade nas encostas do Andes.
A comunidade inclui muitos membros com síndrome de Laron, uma deficiência em um gene que impede o organismo de usar o hormônio do crescimento. A equipe do estudo acompanhou cerca de 100 indivíduos e 1.600 parentes de estatura normal.
Em mais de 22 anos de estudo, a equipe não documentou nenhum caso de diabetes e um caso não-letal de câncer em indivíduos de Laron. Entre os parentes que vivem nas cidades, durante o mesmo período, 5% foram diagnosticados com diabetes e 17% com câncer.
Fatores de risco ambientais e genéticos foram considerados para ambos os grupos. Longo e sua equipe disseram que seu estudo sugere que, pelo menos, para adultos, passados seus anos de crescimento, a atividade do hormônio do crescimento pode ter vantagens.
"O povo deficiente do receptor de hormônio de crescimento não desenvolve duas das principais doenças do envelhecimento", disse Longo. "Eles também têm uma incidência muito baixa de acidente vascular cerebral".
A esperança de vida total para ambos os grupos era a mesma, entre as causas mais freqüentes de morte estavam o abuso de substância e acidentes. O estudo não incluiu avaliações psicológicas que poderiam ter ajudado a explicar a diferença.
Longo disse que mais estudos são necessários para determinar se a redução do hormônio do crescimento em humanos pode ser usada para prevenção de doenças. Ele lembrou que qualquer tratamento para redução preventiva do hormônio de crescimento teria de apresentar efeitos colaterais menores e mais leves do que as drogas usadas contra a doença confirmada.

 
                                                                                           Fonte: Isaude.net

Estrogênio reduz a agressividade de câncer de mama, aponta estudo

De acordo com a pesquisa, o hormônio pode ainda estar correlacionado com um prognóstico menos agressivo da doença
Líder do estudo Maria Vivanco

Uso de estrogênio reduz a proporção de células-tronco cancerígenas na mama e pode estar relacionado ao prognóstico menos agressivo da doença, segundo estudo do Centro de Investigação Cooperativa em Biociências (CIC BioGune), em Madrid, na Espanha.
A identificação das células-tronco do câncer ampliou as perspectivas na pesquisa sobre os tumores na mama e abriu portas para o desenvolvimento de novos tratamentos. Estudos mostram que o número de células-tronco cancerosas se correlaciona com a agressividade do tumor: quanto maior a porcentagem de células-tronco do câncer de mama, mais agressivo o tumor e, portanto, pior seu prognóstico.
Até agora, as terapias contra o câncer eram destinadas a reduzir a massa tumoral. Entretanto, foi descoberto que tratamentos tradicionais são capazes de matar a maior parte das células do tumor, mas as células-tronco do câncer são mais resistentes a intervenções comuns como quimioterapia e radioterapia. Portanto, para curar o câncer com maior eficácia, é importante encontrar maneiras de eliminar as células-tronco da doença.
Estrogênio
O estrogênio é um hormônio complexo, essencial para o desenvolvimento normal e fisiológico da mama, mas, por outro lado, aumenta a proliferação das células cancerosas, uma vez que o tumor de mama tenha surgido. Portanto o estrogênio também se configura como um fator de risco para o desenvolvimento. No entanto, grupo de pesquisa, liderada pela doutora Maria Vivanco, revelou outro aspecto do estrogênio, até agora desconhecido: o seu papel como agente possível para reduzir a agressividade do câncer de mama.
O trabalho mostra que o hormônio também é capaz de reduzir o número de células-tronco do câncer, o que explica a menor agressividade dos tumores e, consequentemente, a possibilidade de um melhor prognóstico. O estudo combinou a utilização de amostras humanas e de linhas de células em laboratório.
"Observamos, para nossa surpresa, que o estrógeno reduz a proporção de células-tronco do câncer de mama, o que seria um mecanismo para explicar melhor o prognóstico observado nos tumores que expressam o receptor de estrógeno", explica Vivanco.
A pesquisadora considera que o estudo levanta um novo aspecto da ação estrogênica, devido à sua capacidade de agir de maneira diferente de acordo com o tipo de célula. Além disso, ela defende que a pesquisa deve abrir novas perspectivas para desenvolvimento de ferramentas para prevenção do câncer de mama.

                                                                                                        Fonte: Isaude.net