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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Maconha é menos prejudicial para os pulmões do que o cigarro

Taxa de fluxo de ar dos usuários aumenta com o aumento da exposição à droga, até um determinado nível, diferente do tabaco

Bob Esponja é que sabe....

E studo realizado por pesquisadores da University of California, nos Estados Unidos, sugere que o uso baixo a moderado de maconha é menos prejudicial para os pulmões dos usuários do que a exposição ao tabaco, embora as duas substâncias contenham muito dos mesmos componentes.
Os resultados mostraram que a taxa de fluxo de ar aumentou em vez de diminuir com o aumento da exposição à droga, até um determinado nível.
Para o estudo, a equipe de pesquisa, em conjunto com a Universidade do Alabama, coletou dados de mais de 5 mil adultos nos EUA durante mais de 20 anos.
Fumar cigarros pode causar danos significativos aos pulmões, incluindo sintomas respiratórios, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer de pulmão. Dados para os efeitos em longo prazo do uso da maconha sobre o sistema pulmonar tinham sido escassos até agora.
"Nós encontramos exatamente o que pensávamos que iríamos encontrar em relação à exposição ao tabaco: uma perda consistente de função pulmonar com o aumento da exposição. Ficamos surpreendidos, no entanto, de ter encontrado um padrão diferente de associação com a exposição à maconha", revela o autor do estudo, Mark Pletcher.
A equipe mediu a taxa de fluxo de ar, velocidade na qual uma pessoa pode soprar o ar, e o volume pulmonar, quantidade de ar que uma pessoa é capaz de soprar, de todos os participantes.
"Essencialmente com o tabaco, quanto mais você usa, maior é a perda que você tem com ambos os indicadores, taxa de fluxo de ar e volume pulmonar. Há uma relação linear: quanto mais você usa, mais você perde", afirma o também autor da pesquisa, Stefan Kertesz.
O mesmo não aconteceu com o uso da maconha. A taxa de fluxo de ar aumentou em vez de diminuir com o aumento da exposição à maconha, até um determinado nível.
Segundo os pesquisadores, um fator importante que ajuda a explicar a diferença nos efeitos a partir destas duas substâncias é a quantidade de cada produto que normalmente é consumida. Os usuários de tabaco geralmente fumam 10 a 20 cigarros / dia. Usuários de maconha, em média, fumam apenas duas a três vezes por mês, assim a exposição típica à maconha é muito inferior à do tabaco.
Os investigadores acreditam que os resultados podem complementar o crescente corpo de estudo sobre aspectos benéficos do consumo baixo a moderado da maconha no controle da dor, estimulante do apetite, elevação do humor e gestão de outros sintomas crônicos. "Nossas descobertas sugerem que o uso ocasional de maconha para estes ou outros fins não pode ser associado a consequências adversas sobre a função pulmonar, mas alertam também para a necessidade de cautela e moderação no uso da droga", conclui Pletcher.
  • Fonte: Isaude.ne

Descoberto mecanismo de ação que torna o álcool viciante para os seres humanos


Resultados mostram que o álcool leva à liberação de endorfina em áreas do cérebro que produzem prazer e recompensa


Jennifer Mitchell, líder do estudo durante o processo
de pesquisa em laboratório(
Foto: University of California  )
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram um mecanismo de ação cerebral que torna o álcool viciante para os seres humanos.
Os resultados revelam que beber álcool leva à liberação de endorfinas em áreas do cérebro que produzem sentimentos de prazer e recompensa.
A descoberta marca a primeira vez em que a liberação de endorfina no núcleo accumbens e no córtex orbitofrontal em resposta ao consumo de álcool foi observada diretamente em seres humanos.
"Isso é algo que temos especulado há 30 anos, com base em estudos com animais, mas que não tínhamos provado em seres humanos até agora. Nosso estudo fornece a primeira evidência direta de como o álcool faz com que as pessoas se sintam bem", afirma a autora da pesquisa, Jennifer Mitchell.
Segundo o autor sênior, Howard L. Fields, a descoberta das localizações precisas no cérebro onde endorfinas são liberadas fornece um possível alvo para o desenvolvimento de drogas mais eficazes para o tratamento de pessoas viciadas em álcool.
Os pesquisadores usaram tomografia por emissão de pósitrons, ou PET, para observar os efeitos imediatos do álcool no cérebro de 13 alcoólatras e 12 indivíduos controles que não eram viciados.
Em todos os participantes, a ingestão de álcool levou a uma liberação de endorfinas. E, quanto mais endorfina era liberada no núcleo accumbens, maior a sensação de prazer relatada por cada bebedor.
Os resultados mostraram também que, quanto mais endorfina era liberada no córtex orbitofrontal, maior a sensação de embriaguez nos alcoólatras, mas não no grupo controle. "Isso indica que os cérebros dos alcoólatras são alterados de forma que os torna mais propensos a achar o álcool agradável, e pode ser uma pista de como o alcoolismo se desenvolve em primeiro lugar. Essa maior sensação de recompensa pode levar essas pessoas a beber demais", explica Mitchell.
Possível tratamento
Antes de beber, os participantes receberam injeções de carfentanil radioativamente marcada, uma droga que, seletivamente, liga-se a zonas do cérebro chamadas receptores de opióides, onde as endorfinas também se ligam. Como o carfentanil radioativo emitiu radiação, os locais do receptor se iluminaram na imagem PET, permitindo que os pesquisadores mapeassem suas localizações exatas.
Os indivíduos então consumiram bebida alcoólica, seguida por uma segunda injeção de carfentanil radioativo, e foram analisados novamente com imagens PET. Como as endorfinas naturais liberadas pela bebida foram vinculadas a sítios receptores opióides, elas impediram a droga carfentanil de se ligar.
Ao comparar as áreas de radioatividade da primeira e segunda imagem PET, os pesquisadores foram capazes de mapear os locais exatos onde as endorfinas foram liberadas em resposta ao consumo de álcool. Eles descobriram que as endorfinas liberadas em resposta ao álcool se ligam a um tipo específico de receptor opióide, o receptor Mu.
Este resultado sugere uma possível abordagem para melhorar a eficácia do tratamento de pessoas alcoólatras através da concepção de medicamentos melhores do que a naltrexona.
"Naltrexona bloqueia mais de um receptor opióide, e precisamos saber qual bloqueio reduz o consumo de álcool e qual produz os efeitos colaterais indesejados. Se nós entendermos melhor como as endorfinas controlam o consumo de álcool, teremos uma chance melhor de criar terapias mais específicas para a dependência dessa substância. Este artigo é um passo significativo nessa direção, porque especificamente implica o receptor opióide Mu na recompensa do álcool em humanos", conclui Fields.

Fonte: Isaude.net


Vício em internet causa efeito parecido ao de álcool e drogas no cérebro


Resultados revelam alterações em áreas cerebrais relacionadas a emoções, tomada de decisão e autocontrole



Em um estudo publicado na revista Plos One, pesquisadores chineses relataram que viciados em internet têm alterações no cérebro similares àqueles que usam drogas e álcool em excesso.
Os resultados revelaram alterações em áreas cerebrais relacionadas a emoções, tomada de decisão e autocontrole.
Estudos anteriores sobre a Desordem de Dependência da Internet, caracterizada pela incapacidade de um indivíduo para controlar o uso da web, em sua maioria focaram em questionários psicológicos.
O estudo atual, por outro lado, utilizou uma técnica de ressonância magnética para investigar características específicas do cérebro de 18 adolescentes entre 14 e 21 anos que sofriam da condição.
Os cientistas descobriram diferenças na massa branca - parte do cérebro que contém fibras nervosas - dos viciados em internet em comparação a pessoas não-viciadas.
Segundo o líder da pesquisa, Hao Lei, da Academia de Ciências da China, os resultados também indicam que o vício em internet pode partilhar mecanismos psicológicos e neurológicos com outros tipos de vício e distúrbios de controle de impulsos.
A equipe acredita que os resultados podem levar a novos tratamentos para vícios, similares aos utilizados para tratar pacientes viciados em jogos electrónicos.

Fonte: Isaude.net