O estudo analisou dois controles que contribuem para que as células cancerosas se tornem resistentes ao tratamento
Uma
combinação de dois medicamentos anticancerígenos pode ajudar a bloquear o
crescimento de um tipo de câncer muito comum na infância, de acordo com
um estudo do Institute of Câncer Research (ICR) em Londres.
O
estudo analisou dois controles-chaves que podem contribuir para que as
células cancerosas se tornarem resistentes ao tratamento.
Desligando
ambos os controles com um tratamento medicamentoso combinado, os
pesquisadores foram capazes de parar o crescimento de células de câncer
em laboratório e em camundongos.
O foco dos pesquisadores foi o rabdomiossarcoma, um câncer infantil que se inicia nos músculos.
Eles
descobriram que uma das chaves, conhecido como via da quinase PI3, foi
ligada em 83% dos pacientes com diagnóstico de rabdomiossarcoma.
O outro controle, a via da MAP quinase, foi ligada em 43% das amostras de pacientes onde a PI3-quinase, também estava ligada.
Usando
células cultivadas em laboratório, os pesquisadores descobriram que se
você desligar qualquer um dos dois controles o outro controle torna-se
mais ativo para compensar.
Segundo
Jane Renshaw, co-autora do estudo, "descobrimos que, enquanto a maioria
dos tumores rabdomiossarcoma parece ter ativas as chaves de sinalização
PI3K, inibir esta via por si só não é suficiente para se conseguir
resultados eficazes. Uma comunicação entre a PI3 quinase e os caminhos
da MAP quinase mostra que o câncer é capaz de encontrar uma rota
alternativa."
Eles
descobriram que bloqueando os dois controles é possível evitar que as
células usem qualquer um dos dois como uma rota de fuga.
Para
fazer isso, eles usaram duas drogas AZD8055 e AZD6244. As duas drogas
combinadas reduziram o crescimento de células cancerosas em laboratório
para uma extensão maior do que qualquer dos tratamentos separadamente.
E a combinação de fármacos reduziu os níveis de um marcador tumoral no sangue em ratos com rabdomiossarcoma.
Fonte: Isaude.net
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