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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Moléculas sintéticas são capazes de tratar doenças auto-imunes em ratos


Cientistas conseguiram enganar o sistema imune das cobaias para atacar um dos fatores que atuam nos processos destas doenças


Equipe de cientistas do Weizmann Institute, em Israel, desenvolveu uma nova abordagem para tratar doenças auto-imunes. Nestas condições, como a doença de Crohn e a artrite reumatoide, o sistema imunológico ataca erroneamente os tecidos do corpo. Mas os cientistas envolvidos no presente estudo conseguiram enganar o sistema imunológico de ratos para atacar um dos fatores do corpo responsáveis pelos processos auto-imunes, uma enzima conhecida como MMP9.
A professora Irit Sagi, do Departamento de Regulação Biológica e seu grupo de pesquisa passaram anos procurando maneiras atacar e bloquear os membros da família de enzimas matriz metaloproteinases (MMP). Estas proteínas cortam tais materiais de apoio nos nossos corpos como o colágeno, o que as torna cruciais para a mobilização celular, para a proliferação e a cicatrização de feridas, entre outras coisas. Mas quando alguns membros da família, especialmente a MMP9, ficam fora de controle, eles podem ajudar e estimular a doença auto-imune e a metástase do câncer. O bloqueio dessas proteínas pode levar a tratamentos eficazes para uma série de doenças.
Originalmente, Sagi e outros pesquisadores projetaram moléculas sintéticas da droga para atacar diretamente as MMPs. Mas estas drogas provaram ser ferramentas muito brutas que tiveram efeitos colaterais muito graves. O corpo produz normalmente seus próprios inibidores MMP, conhecidos como TIMPs, como parte do programa de regulação rígido que controla estas enzimas. Ao contrário das drogas sintéticas, estas funcionam de forma altamente seletiva. Um braço em cada TIMP é precisamente construído para chegar em uma fenda na enzima que abriga o bit ativo - um íon de metal de zinco cercado por três peptídeos de histidina. "Infelizmente, é muito difícil reproduzir esta precisão sintética", disse Sagi.
Netta Sela-Passwell e Sagi decidiram que, em vez de tentar projetar uma molécula sintética para atacar diretamente as MMPs, vão tentar enganar o sistema imunológico para que ele crie anticorpos naturais que ataquem a MMP-9 por meio da imunização. Assim como a imunização com um vírus morto induz o sistema imunológico a criar anticorpos que atacam o vírus vivo, uma imunização MMP enganaria o organismo para que ele criasse anticorpos que bloqueiam a enzima em seu local ativo.
Juntamente com o professor Abraão Shanzer do Departamento de Química Orgânica, eles criaram uma versão artificial do metal zinco-histidina complexo no centro do local ativo da MMP9. Eles então injetaram estas pequenas moléculas sintéticas em camundongos e depois verificaram o sangue dos camundongos para sinais de atividade imunológica contra as MMPs. Os anticorpos que encontraram, que eles apelidaram de 'metalocorpos', foram semelhantes, mas não idênticos aos TIMPs, e uma análise detalhada de sua estrutura atômica sugeriu que eles funcionam de maneira similar - atingindo a fenda da enzima e bloqueando os locais ativos. Os metalocorpos foram seletivos para apenas dois membros da família MMP - MMP2 e 9 - e ligaram-se a ambas as versões de ratos e humanas destas enzimas.
Como eles esperavam, quando induziram uma condição inflamatória que imita a doença de Crohn nos camundongos, os sintomas foram impedidos quando os camundongos foram tratados com os metalocorpos. "Estamos muito animados não só pelo potencial deste método para o tratamento de Crohn, mas pelo potencial de usar essa abordagem para explorar novos tratamentos para muitas outras doenças", disse Sagi. Yeda, o braço de transferência de tecnologia do Weizmann Institute, solicitou uma patente para as moléculas sintéticas de imunização, bem como para os metalocorpos gerados.
Fonte: Isaude.net

Droga guiada nos vasos sanguíneos aponta possível cura para tumores e obesidade


Cientistas brasileiros lideram equipe responsável por desenvolver molécula que pode ser programada para destruir alvos específicos


O casal de cientistas brasileiros Renata Pasqualini e Wadih Arap investe pesadamente há 10 anos numa linha de pesquisa contra o câncer com potencial de gerar drogas letais apenas para as células dos tumores. A ideia da bióloga molecular e do médico pesquisador, que chefiam um laboratório no MD Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, em Houston (EUA), é explorar uma característica vascular dos tumores.
O câncer faz surgirem vasos sanguíneos, na hora e no lugar errados, que têm uma assinatura química única, uma espécie de CEP molecular particular. Se for possível mapear o endereço químico de cada tipo de tumor e desenvolver proteínas-carteiros capazes de levar uma carta-bomba somente para os vasos que alimentam as células indesejadas, a possibilidade de construir drogas a partir das peculiaridades do sistema vascular pode ser testada na prática.
Renata e Wadih publicaram recentemente dois artigos em importantes revistas científicas. Um dos trabalhos aponta uma possível nova forma de combater a obesidade. Na edição de 9 de novembro da Science Translational Medicine (STM), eles relataram que um grupo de 10 macacos rhesus obesos perdeu, em média, 11% do peso depois que os animais foram submetidos a um tratamento com uma droga chamada adipotídeo por um período de quatro semanas.
Aparentemente o candidato a remédio não provocou maiores efeitos adversos nos primatas. " Essa é uma descoberta potencialmente importante, visto que a ocorrência de efeitos colaterais desagradáveis limita o uso das drogas aprovadas que reduzem a absorção de gordura nos intestinos" , diz Renata.
O segundo estudo saiu em 15 de novembro na versão impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). No trabalho, quatro CEPs moleculares foram identificados a partir da biópsia de tecidos de três pacientes com câncer. Dois endereços vasculares são comuns a tecidos de vários órgãos; um leva especificamente a metástases de câncer da próstata encontradas na medula óssea; e outro se liga às células de tecido adiposo branco, nome técnico do perigoso tipo de gordura que se acumula ao redor do estômago e debaixo da pele. " Esse estudo faz parte dos trabalhos de nosso laboratório para mostrar que os vasos sanguíneos são mais do que um ' encanamento' ubíquo e uniforme a serviço do sistema circulatório" , afirma Wadih.
" Vamos usar esses novos ' endereços vasculares' para desenvolver drogas contra câncer e obesidade ou novas metodologias para direcionar drogas e diminuir efeitos colaterais" , comenta a brasileira Fernanda Staquicini, pesquisadora do MD Anderson e primeira autora do trabalho na PNAS. Além do casal de cientistas e de Fernanda, mais quatro brasileiros assinam o artigo.
Carta-bomba
Desenhada pelos brasileiros, a droga testada nos macacos é formada pela junção de duas moléculas. A primeira é um fragmento de uma proteína (peptídeo), que se liga especificamente ao receptor proibitina, um CEP químico encontrado na superfície das células dos vasos sanguíneos dos tecidos gordurosos. A segunda é uma estrutura com formato em espiral, de saca-rolhas, chamada klaklak, que penetra nas células dos vasos sanguíneos e provoca seletivamente a morte dessas estruturas que irrigam as células adiposas. O klaklak ataca as mitocôndrias, a usina de energia das células. Sem vasos para fornecer os nutrientes, as próprias células de gordura morrem. Retomando a analogia postal, uma molécula faz o papel de carteiro, de encontrar o endereço desejado, e a outra é a carta-bomba em si.
Além de os primatas terem perdido pouco mais de um décimo do peso total, imagens de ressonância magnética mostraram que houve uma redução de 27% da gordura abdominal. A resistência à insulina, fator de risco ao diabetes, diminui em 50% nos animais. Não foram verificadas alterações de comportamento nos macacos nem sinais de náusea ou aversão à comida. " Os principais efeitos colaterais foram nos rins. Mas eles dependem da dose da droga empregada, já eram previstos e são reversíveis" , diz Renata. Quando deixam de tomar o adipotídeo, os efeitos positivos e negativos desaparecem. A droga não produziu alterações de peso em macacos magros, indicativo de que o composto ataca somente os vasos sanguíneos do tecido adiposo.
" A obesidade é um grande fator de risco para o desenvolvimento de câncer e tem mais ou menos o mesmo peso do que fumar. Sob qualquer ângulo, os pacientes obesos com câncer reagem pior à cirurgia e ao tratamento com rádio ou quimioterapia. Mas, assim como o tabagismo, a obesidade é potencialmente reversível" , afirma Wadih. O próximo passo é testar o adipotídeo em indivíduos obesos com câncer de próstata, um experimento clínico que está sendo preparado pela equipe do MD Anderson Cancer Center. Os pacientes vão receber a droga diariamente por quatro semanas e será averiguado se a perda de massa corporal e a diminuição dos riscos associados à obesidade trarão benefícios também para o controle do tumor.

Fonte: FAPESP

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pesquisa revela origem celular de diferentes tipos de tumores da mama


Descoberta pode ter implicações em diagnósticos mais precoces e mais precisos de variações mais comuns e mais agressivas da doença


Charlotte Kuperwasser, líder da pesquisa
Cientistas da Tufts University, nos Estados Unidos, identificaram a origem celular de diferentes tipos de tumores da mama, desde os mais comuns até os mais agressivos.
A descoberta pode ter implicações em diagnósticos mais precoces e mais precisos do câncer de mama.
Existem várias formas distintas da doença, cada uma com características diferentes que exigem um tratamento específico. Os cientistas suspeitam que essas diferenças têm a ver com que tipo de células deu origem ao tumor em questão, mas até o presente estudo, ninguém havia identificado a origem celular de diversos tipos tumorais.
A maioria dos cânceres de mama se desenvolve nos dutos de leite, e estes chamados carcinomas ductais se dividem em várias categorias. Um tipo de tumor divide características genéticas e moleculares com as células luminais, produtoras de leite, que ficam no interior do duto. Outra forma, mais agressiva, se assemelha às células da camada mais externa do duto, conhecidas como células basais. É por isso que esses dois tipos comuns de câncer de mama são conhecidos como carcinoma luminal e basal, respectivamente.
Mas ninguém sabia, ao certo, se os cânceres se originavam nas células homônimas. Além disso, formas raras da doença, conhecidas como carcinomas metaplásicos, contêm células que têm pouca semelhança com as células saudáveis da mama.
Para determinar as origens de cada tipo de câncer, a pesquisadora Charlotte Kuperwasser e equipe, analisaram tecido mamário saudável descartado de cirurgias de redução da mama e separaram as células luminais das basais. Em seguida, os cientistas introduziram genes causadores de câncer, chamados oncogenes, nas células e as implantaram no tecido mamário de camundongos.
Semanas depois, os pesquisadores removeram os tumores resultantes para ver qual tipo de câncer tinham se desenvolvido a partir dos diferentes tipos de células. Os resultados mostraram que, enquanto as células luminais da mama deram origem ao tumor do tipo luminal, elas também deram origem ao tumor do tipo basal. Enquanto isso, as células basais é que deram origem aos cânceres metaplásicos raros.
Segundo os pesquisadores, o modelo desenvolvido no estudo poderia servir como uma plataforma para o desenvolvimento de drogas ou outras terapias sob medida para cada subtipo de tumor. Além disso, ele poderia ajudar os pesquisadores a identificar características físicas, ou biomarcadores, que permita distinguir entre lesões não-invasivas que podem dar origem a tumores luminais ou basais. "Isso pode nos ajudar a entender como tomar decisões de modo que ofereçamos o tratamento mais adequado para o tipo de tumor do paciente", afirma a autora da pesquisa, Patricia Keller.

Fonte: Isaude.net

Técnicas utilizam microondas para diagnóstico e tratamento contra o câncer

Procedimentos recém-criados são mais simples, menos invasivos e mais eficazes do que alternativas atuais

Andreas Fhager junto ao "microwave tomograph"
 atualmente composto por cerca de trinta
 antenas dispostas em torno de um recipiente cilíndrico
 adaptado à mama

Cientistas da Chalmers University of Technology, na Suécia, desenvolveram novas técnicas de diagnóstico e tratamento contra o câncer por meio da utilização de microondas.
As abordagens desenvolvidas são mais eficazes, menos invasivas e mais simples do que as alternativas disponíveis atualmente. A equipe espera ser capaz de testar duas técnicas diferentes em pacientes dentro dos próximos seis meses. Um método é uma alternativa à mamografia para detectar o câncer de mama. O outro visa tratar tumores na cabeça e pescoço por meio do aquecimento das células cancerosas.
equipe desenvolveram um sistema capaz de detectar o câncer de mama com uma técnica conhecida como tomografia de microondas, usada para criar imagens médicas. De acordo com os investigadores, o método tem várias vantagens sobre a mamografia. "Nós obtemos imagens tridimensionais que revelam um contraste significativamente melhor entre tecidos saudáveis e malignos em comparação com raios-X. Isso facilita a visualização de tumores muito pequenos que podem ser encobertos pelo tecido saudável, criando assim condições necessárias para um diagnóstico muito mais confiável", observa Fhager.

Processo pode ser comparado a criar uma onda
 de maré na região do tumor, enquanto o mar
 circundante permanece calmo

Na nova pesquisa, o professor Andreas Fhager e 
Segundo os pesquisadores, ao contrário dos raios-X, a técnica também emite doses desprezíveis de radiação não-ionizante, menos de um centésimo da radiação recebida quando uma pessoa fala ao telefone celular.
A ideia é usar a técnica em conjunto com uma ' mesa de tratamento' , equipada com entradas para os seios que ficam ligados a trinta antenas ou mais para realização do exame. A intenção é que a abordagem seja mais confortável para as pacientes do que a mamografia. O método também é muito menos dispendioso, não só porque o equipamento de microondas não é tão caro, mas também porque as imagens mais claras tornam a interpretação mais fácil para os médicos.
No segundo projeto, as microondas são usadas para destruir os tumores por meio do aquecimento deles, um processo conhecido como hipertermia.
Estudos clínicos demonstraram que o tratamento com radioterapia e quimioterapia convencional em combinação com a hipertermia podem dobrar a capacidade de curar de certas formas de câncer, como câncer de colo uterino e o sarcoma de tecido mole em longo prazo. "Estamos agora desenvolvendo um novo sistema de hipertermia que pode atingir tumores profundos na cabeça e no pescoço com alta precisão. Desta forma, temperaturas mais elevadas podem alcançar o tumor sem afetar o tecido ao redor", revela a pesquisadora Hana Dobsíèek Trefná.
Com o tempo, a equipe espera ser capaz de combinar ambos os métodos. Assim que um tumor for detectado, as antenas ligadas poderiam ser usadas para começar a tratar a doença de forma direta e, ao mesmo tempo monitorar que o tecido certo é aquecido. O método deve também ser aplicável a outras partes do corpo além de seios, cabeça e pescoço.

Fonte: Isaude.net

Técnica inédita de radiocirurgia no SUS trata câncer sem cortes

Método adotado pelo Instituto do Câncer de São Paulo usa radiação concentrada para destruir apenas o DNA das células cancerosas

Uma tecnologia inédita de radiocirurgia corpórea implantada no Instituto do Câncer de São Paulo permite realizar terapias mais curtas e eficazes para casos em que, por condições clínicas, os pacientes não possam ser submetidos à cirurgia convencional. O Icesp é o primeiro hospital público do país a adotar o novo procedimento.

O tratamento é indicado para tumores primários ou metástases no pulmão e na coluna vertebral, desde que isolados e com até cinco centímetros de diâmetro. A nova tecnologia visa concentrar uma grande dose de radiação em focos bastante específicos, provocando a morte das células cancerígenas por meio da quebra do DNA, com chance mínima de danos aos tecidos sadios.

O equipamento possibilita que, mesmo havendo uma pequena movimentação do tumor, provocada pela respiração, somente a área programada seja atingida. Isso porque o aparelho ajusta os disparos quando o tecido saudável fica à frente do dispositivo emissor da radiação. O procedimento dura, em média, uma hora e libera o paciente para voltar à rotina diária imediatamente.

Antes de dar início ao tratamento, uma imagem do tumor gerada pelo próprio aparelho é feita para que a equipe de médicos e físicos possa posicionar o alvo que será submetido à radiocirurgia.

Justamente por essa precisão, a técnica promove maior proteção dos tecidos vizinhos contra a radiação quando comparada ao tratamento de radioterapia convencional. Por isso, embora recebam uma dose elevada de radiação, os pacientes apresentam uma tolerância muito maior à nova técnica.

O período de tratamento também é mais curto. São necessárias de uma a cinco aplicações, número que pode saltar para 30 no caso da radioterapia comum. De acordo com o diretor Geral do Icesp, Paulo Hoff, "mesmo sendo indicada para um perfil específico de pacientes, a técnica tem revolucionado a vida de muitas pessoas, que passaram a ter acesso, pelo SUS, a um tratamento de ponta e com mais qualidade de vida".


Fonte: Isaude.net

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sorrir de maneira sincera é a melhor ferramenta para elevar o dia de trabalho

Resultados de estudo mostram que sorrir apenas por sorrir pode levar à exaustão emocional e ao afastamento do trabalho


"Sorrir apenas por sorrir pode levar à exaustão
 emocional e ao afastamento do serviço, e isso é
 ruim para a empresa", diz Brent Scott

Sorrir de maneira sincera é a melhor ferramenta para garantir um bom dia de trabalho e elevar o humor. É o que sugere estudo realizado na Michigan State University, nos Estados Unidos.
"Empregadores podem pensar que simplesmente fazer seus empregados sorrir é bom para a empresa, mas isso não é necessariamente o caso", disse o pesquisador Brent Scott. "Sorrir apenas por sorrir pode levar à exaustão emocional e ao afastamento do serviço, e isso é ruim para a empresa."
Para o estudo, Scott e seu colega Christopher Barnes estudaram um grupo de motoristas de ônibus durante um período de duas semanas. Eles examinaram os efeitos das atitudes superficiais, como o sorriso falso, e atitudes mais profundas, como o cultivo de emoções positivas, recordação de memórias agradáveis ou pensamento sobre a situação atual de uma forma mais favorável.
O estudo é um dos primeiros de seu tipo para examinar demonstrações emocionais durante um período de tempo, enquanto também investigou as diferenças de gênero.
Pesquisadores afirmaram que os resultados foram mais fortes para as motoristas de ônibus femininas.
"As mulheres foram mais prejudicadas pela atuação superficial, ou seja, seu humor piorou ainda mais do que o dos homens e elas se afastaram mais do trabalho", observou Scott. "Mas elas foram mais ajudadas por atitudes mais profundas, ou seja, seu humor melhorou mais e elas se afastaram menos do trabalho."
Embora o estudo não tenha explorado as razões dessas diferenças, Scott disse que pesquisas anteriores sugeriram que as mulheres eram esperadas e mostraram uma maior intensidade e expressividade emocional positiva que os homens. Assim, forçar um sorriso enquanto ainda se sente emoção negativa conflita com esta norma cultural e pode causar até mesmo sentimentos mais prejudiciais às mulheres ao mudar os sentimentos internos.
Mas enquanto atitudes profundas parecem melhorar o humor, a curto prazo, Scott disse que a descoberta vem com uma advertência.
"Houve algumas sugestões que, se você fizer isso durante um longo período você começa a sentir inautêntico", disse ele. "Sim, você está tentando cultivar emoções positivas, mas no final do dia, você não pode não se sentir como você mesmo."

 
                                                                                                       Fonte: Isaude.net

Impressora de tecidos e órgãos pode significar mudança histórica na medicina

Cientistas utilizam uma impressora convencional, substituindo a tinta por uma solução celular para produzir órgãos em 3D


Início do processo de confecção da tinta  da nova
impressora. As células vivas são giradas em uma
centrífuga, cortadas e trituradas e isso resulta em
 esferas minúsculas que fluem como um líquido


Tecnologia usada para imprimir documentos também pode criar tecidos vivos. A técnica, desenvolvida por cientistas da Universidade Médica da Carolina do Sul e da Universidade Clemson (EUA), pode, em um futuro próximo, ser usada para produzir órgãos em miniatura para testar drogas. Em matéria divulgada pela BBC News, os cientistas responsáveis pelo projeto disseram que ainda esperam um dia poder utilizar a tecnologia de impressão para criar órgãos inteiros.
Tecnologia de impressão convencional
Quando um documento é impresso, a tinta é distribuída em um padrão específico no papel. Para criar três estruturas de tecido dimensional, pesquisadores americanos modificaram impressoras para usar uma solução de célula em vez de tinta.
Eles então imprimiram camadas repetidamente, criando uma estrutura em 3D. Especialistas na Grã-Bretanha disseram que o uso de células em vez de um polímero representa um grande avanço para a medicina regenerativa. No entanto, o uso da tecnologia no tratamento médico ainda tem um longo caminho, alertaram.
This emerging technology was demonstrated at a news briefing Sunday at the AAAS Annual Meeting. During the presentation, the machine constructed a model of ear cartilage printed out of silicon.
A técnica
Na técnica, desenvolvida por médicos da Carolina do Sul e de Clemson, cartuchos de tinta convencionais foram lavados e reabastecidos com soluções celulares.
Então, o software que controla a forma como os fluidos dos cartuchos de se comportam, incluindo propriedades como resistência e temperatura, foi reprogramado.
Para criar estruturas 3D, um gel não-tóxico biodegradável foi projetado por cientistas da Universidade de Washington. O gel é um líquido abaixo de 20°C e solidifica acima de 32°C.
Durante a pesquisa, os cientistas descobriram que, enquanto as camadas fossem suficientemente finas para as touceiras entrar em contato umas com as outras, os pedaços de tecido iriam se fundir.
O gel pode ser facilmente removido, deixando a estrutura 3D.
A equipe de investigação, liderada pelo doutor Vladimir Mironov, da Universidade Médica da Carolina do Sul, disse que a técnica de impressão de tecido permitiu que tecidos fossem criados mais rapidamente do que a técnica já existente, onde um "andaime" é feito, e as células são semeadas sobre ele.
"O problema é que você nunca pode criar um órgão com um suprimento de sangue ", disse o pesquisador à BBC.
"Nós podemos imprimir o tecido que tem cinco centímetros de espessura em duas horas, e podemos imprimir um sistema de vasos sanguíneos ".
"O próximo passo é imprimir um elemento pequeno de um órgão, chamado de unidade estrutural funcional. Ela deve conter todos os elementos necessários que refletem a função do órgão".
Mironov acrescentou ainda que "estes órgãos poderiam ser utilizados como sistemas de testes de drogas ou para testar o tratamento que é melhor para um paciente. Por exemplo, uma biópsia de um tumor poderiam ser tomadas e as drogas testadas para ver qual é mais adequado para o paciente".
Órgãos inteiros
Para Anthony Atala, engenheiro de tecidos na Universidade de Harvard, "essa tecnologia é extremamente excitante, pois tem potencial para superar alguns dos principais obstáculos que vimos no passado".
Já o professor Tim Hardingham, diretor do Centro para Engenharia de Tecidos do Reino Unido disse à BBC que "a tecnologia de impressão representa uma variedade de promessas ".
"Mas há muito trabalho para saber como podemos aplicá-la realmente".

 
                                                                                                              Fonte: Isaude.net

Uso de maconha pode afetar negativamente desempenho sexual masculino

Consumo da droga atua sobre receptores no pênis tornando mais difícil para um homem alcançar e manter uma ereção


Uso de maconha pode afetar negativamente o desempenho sexual masculino. A descoberta é de pesquisadores da Queens University, no Reino Unido.
Resultados de estudo realizado em animais e "in vitro" revelaram novas conexões negativas entre o consumo da droga e a disfunção sexual que pode pôr fim à controvérsia levantada por estudos anteriores.
"A cannabis é a droga ilícita mais usada globalmente", disse o pesquisador Rany Shamloul. "Ela também é frequentemente usada pelos jovens, pessoas sexualmente ativas que não estão cientes dos efeitos danosos que ela pode ter sobre sua saúde sexual e desempenho."
Embora fosse conhecido anteriormente que a maconha pode afetar certos receptores no cérebro, os pesquisadores agora acreditam que esses receptores também existem no pênis.
O consumo de cannabis pode ter um efeito antagonista sobre esses receptores no pênis, tornando mais difícil para um homem alcançar e manter uma ereção.
Pesquisas anteriores, examinando os efeitos do uso da maconha sobre a função sexual masculina têm sido limitadas e muitos destes estudos têm produzido resultados contraditórios.
Enquanto alguns estudos apontam que a maconha pode ter efeitos benéficos na melhoria da função erétil, outros estudos encontraram o oposto.

 
                                                                                                            Fonte: Isaude.net

Comer chocolate é um deleite saudável e benéfico ao coração

No entanto, especialistas alertam que importante saber escolher o chocolate e que a moderação é a chave para os benefícios

Pesquisas apontam que o chocolate escuro melhora
 o fluxo sanguíneo, diminui a pressão arterial e o
risco de coágulos sanguíneos

Alterações na dieta nem sempre agradam. A boa notícia para os praticantes da boa saúde e para os chocólatras é que o chocolate faz bem ao coração.
Pesquisas defendem que o chocolate melhora o fluxo sanguíneo, diminui a pressão arterial e o risco de coágulos sanguíneos. Até mesmo o Dietary Guidelines Comité observa a ligação entre o chocolate escuro e a saúde do coração.
No entanto, especialistas da Universidade Estadual do Colorado, Estados Unidos, explicam que tal como acontece com todas as coisas boas, existem algumas ressalvas à inclusão do chocolate na dieta.
A escolha deve ser cuidadosa: o teor de flavonóides varia de acordo com a fórmula do chocolate. Quanto maior a porcentagem de cacau, maior o nível de flavonol - substância associada com a saúde do coração e outros benefícios. O cacau natural é rico em flavonóides e contém baixo teor de gordura. À medida que baixamos o sabor amargo, diminuímos o nível de flavonol.
O chocolate branco, por exemplo, contém pelo menos 20% da manteiga de cacau, sólidos do leite e açúcar, mas nenhum dos flavanóide do cacau saudável. Já o chocolate ao leite contém cerca de 7% a 35% de cacau. Enquanto o teor do chocolate escuro varia entre 30% e 80% de cacau, aumentando a porcentagem de flavonóides e maximizando os benefícios para a saúde. Recomenda-se o consumo de chocolate com pelo menos 70% de cacau.
Como tudo, a moderação é a chave para os benefícios. O chocolate que consumimos é processado para tornar o sabor mais gostoso e equilibrar o sabor amargo natural do cacau, que tem gordura e açúcar tornando-o cheio de calorias. Para controlar o peso e expandir os benefícios para a saúde do coração, recomenda-se limitar a apreciação a um grama por dia.
A culinária busca sempre inovações. Uma opção é o chocolate enriquecido com antioxidantes. O raciocínio por trás desses produtos nutracêuticos ou alimentos fortificados com benefícios para a saúde destinados, é que se os fitoquímicos presentes naturalmente são bons, por que não estimulá-los e adicionar mais para torná-los ainda mais saudáveis? Estes alimentos fortificados com chocolate não são necessariamente melhores.
Se você está procurando fitoquímicos presentes naturalmente nos alimentos, além de cacau, vai encontrá-los em certas frutas e legumes, alimentos de soja, farelo de trigo, aveia e vinho tinto com menos calorias e menos dinheiro.
Independentemente de como é o chocolate, desfrutar de um pouco de doçura com este tratamento faz bem ao coração.

 
                                                                                                          Fonte: Isaude.net

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pesquisador brasileiro demonstra efeitos da malária em um corpo infectado

À publicação, cientista destaca que, com uma intervenção feita em laboratório, os piores sintomas da doença puderam ser evitados

O pesquisador da Fiocruz Minas, Ricardo Gazzinell

A edição online de 23 de fevereiro da revista científica 'Nature' traz uma matéria sobre um estudo desenvolvido na Fiocruz Minas, coordenado pelo pesquisador Ricardo Gazzinelli. A matéria Immunology: Modulating malaria's mayhem apresenta a pesquisa e leva ao texto completo Therapeutical targeting of nucleic acid-sensing Toll-like receptors prevents experimental cerebral malaria. O estudo destaca os efeitos da malária em um corpo infectado, causados como forma de resposta imune aos micróbios invasores.
À publicação, Gazzinelli destaca que, com uma intervenção feita em laboratório, os piores sintomas da doença puderam ser evitados. Para alcançar os resultados, o grupo coordenado pelo pesquisador realizou experimentos em ratos infectados com malária. Eles lançaram mão de uma pequena molécula para bloquear os receptores responsáveis pelos efeitos observados no processo de inflamação. "O inibidor melhorou e muito a sobrevivência dos animais e diminuiu a prevalência de sintomas da malária cerebral, como convulsões. A estratégia pode ajudar a reduzir mortalidade na ausência de uma vacina preventiva, segundo os autores", explica a revista.
Participam da equipe liderada por Ricardo Gazzinelli os pesquisadores Bernardo Simões Franklin e Marco Antônio Ataíde Silva, da Fiocruz Minas, e colaboradores da Divisão de Doenças Infecciosas e Imunologia do Departamento de Medicina da Universidade de Massachusetts, do Instituto de Pesquisas Eisai e do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O artigo foi recebido para revisão em 19 de outubro de 2010 e aprovado para publicação pela Nature em 21 de janeiro de 2011. O texto recebeu edição de Charles Dinarello, da Universidade de Colorado.

 
                                                                                                     Fonte: FIOCRUZ

Medicamento para perda óssea reduz risco de câncer de cólon pós-menopausa

Efeito, se comprovado, pode levar à recomendação para o uso destes medicamentos para a prevenção do câncer

"Agora, podemos acrescentar os bisfosfonatos
à lista de ferramentas potenciais para a prevenção
 de câncer colorretal", diz Stephen Gruber, autor sênior
do estudo

Medicamentos usados para a prevenção da perda óssea reduzem pela metade o risco de câncer colorretal pós-menopausa. A descoberta é de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Resultados do estudo apoiam o papel dos bisfosfonatos como uma nova classe de droga possível para a prevenção do câncer.
"Nós anteriormente identificamos uma nova classe de drogas associada com um risco reduzido de câncer de mama", disse o pesquisador Gad Rennert. "E, agora, mostrando um efeito similar sobre a redução do risco de câncer colorretal, podemos supor que esta classe de medicamentos tem um efeito amplo."
De acordo com os pesquisadores, tal efeito, se comprovado em estudos aleatórios, poderiam levar à recomendação para o uso destes medicamentos pela população em geral para a prevenção do câncer.
Rennert e colegas coletaram dados do estudo de Epidemiologia Molecular do Câncer Colorretal (MECC), em uma população no norte de Israel. Usando registros de farmácia, a equipe avaliou o uso de bifosfonatos em 1.866 participantes do sexo feminino na pós-menopausa.
Os pesquisadores descobriram que a utilização de bifosfonatos antes do diagnóstico foi fortemente associada com significativa redução do risco de câncer colorretal.
"Os bisfosfonatos dividem os mesmo caminho de ação metabólica do mevalonato assim como as estatinas, que nós previamente mostramos como sendo associadas com a redução do risco de câncer colorretal", afirmou o autor sênior do estudo, Stephen Gruber.
"Embora a doença geralmente seja causada por maus hábitos alimentares e falta de atividade física, ela pode ser impedida por diversos medicamentos, como aspirina e medicamentos para baixar o colesterol do grupo da estatina", observou Rennert. "E agora, podemos acrescentar os bisfosfonatos à lista de ferramentas potenciais para a prevenção de câncer colorretal."

 
                                                                                                            Fonte: Isaude.net

Identificada proteína que facilita destruição de células leucêmicas

CD19-L é expresso na superfície dos linfócitos T e permite que eles se liguem seletivamente ao receptor



Cientistas do Centro Infantil de Câncer e Doenças do Sangue e do Instituto de Pesquisa Saban do Hospital Infantil de Los Angeles, Estados Unidos, anunciaram ço na compreensão de como o corpo luta contra a leucemia.
Os cientistas identificaram uma proteína, chamada ligante CD19 (CD19-L), localizada na superfície de certas células brancas do sangue que facilita o reconhecimento e destruição de células de leucemia pelo sistema imunológico. Este trabalho representa o primeiro relatório de uma versão de bioengenharia de CD19-L, um agente humano recombinante bioterapêutico que alveja as células-tronco leucêmicas CD19-positivas.
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é o câncer mais comum em crianças e adolescentes. Apesar de ter recebido a quimioterapia intensiva, alguns pacientes apresentam recorrência da doença. Para estes indivíduos, a perspectiva de sobrevida a longo prazo é ruim.
"Precisamos de novas terapias anti-leucemia capazes de matar células de leucemia resistentes a quimioterapia em pacientes com LLA", disse Fatih Uckun, primeiro autor no papel que foi publicado no jornal britânico da hematologia. "Estas são as células mais difíceis de tratar. O desafio é matar essas células, deixando as células saudáveis intactas".
Os linfócitos, um tipo de glóbulo branco envolvido na função imunológica, são categorizados como as células B ou células T. O CD19-L, elemento recém-descoberto, é expresso na superfície dos linfócitos T e permite que eles se liguem seletivamente ao receptor CD19 na superfície de células de leucemia de linhagem B, células-tronco leucêmicas responsáveis pela sobrevivência e expansão da população de células de leucemia.
Uma vez que o CD19-L se liga a células de leucemia, a morte celular ocorre. Embora o elemento seja abundantemente expresso nas células de pacientes com leucemia de linhagem B LLA, está ausente em células vermelhas, células T e na medula óssea normal, tornando-se específico e, portanto, um bom alvo terapêutico.
Uckun e colegas de bioengenharia prepararam uma formulação líquida altamente purificada da proteína CD19-L humana. Esta proteína recombinante não só mostra ligação seletiva para as células de leucemia, mas também provoca a sua destruição rápida em 24 horas. O CD19-L matou mesmo aquelas células de leucemia que foram altamente resistentes a ambos os fármacos de quimioterapia padrão, bem como radiação.
A identificação de CD19-L pode levar à inovação terapêutica para a leucemia infantil, permitindo a destruição seletiva de células-tronco leucêmicas.
De acordo com Uckun, o próximo passo será avaliar com cuidado esse novo agente para o potencial clínico contra a leucemia e confirmar em estudos pré-clínicos se a destruição de células leucêmicas pode ser alcançada com doses não-tóxicas.
"O CD19 ligante, oferece um sistema de defesa não reconhecido anteriormente contra a leucemia e abre um novo leque de possibilidades terapêuticas para o tratamento da leucemia", disse Stuart Siegel, diretor do Centro de Câncer e Doenças do Sangue do Hospital Infantil de Los Angeles.

 
                                                                                                  Fonte: Isaude.net

Asma pode ter como causa o microbiota bacteriano formado nas vias aéreas

Com novos métodos de detecção, pesquisadores aprenderam que diversidade de microrganismos no trato respiratório é muito mais vasta

A asma pode ter uma surpreendente relação com a composição das espécies de bactérias que habitam as vias aéreas brônquicas, uma descoberta que pode sugerir um tratamento novo ou até mesmo possíveis curas para a doença inflamatória, segundo estudo liderado pela Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), Estados Unidos.
Usando novos métodos de detecção, os pesquisadores aprenderam que a diversidade de microrganismos no interior do trato respiratório é muito mais vasta do que se suspeitava anteriormente - a criação de um bairro microbiano complexo e interligado que parece estar associado à asma e é semelhante ao encontrado na doença inflamatória intestinal, vaginite, periodontite, e possivelmente, até mesmo na obesidade.
Ao contrário da crença popular, os cientistas também descobriram que as vias aéreas não são necessariamente ambientes totalmente estéreis, mesmo em pessoas saudáveis. Nos asmáticos as vias aéreas são infectadas por uma rica coleção mais complexa de bactérias. Esses achados podem melhorar o entendimento da biologia da asma e, potencialmente, levar a novas terapias.
"As pessoas achavam que a doença era causada pela inalação de alérgenos, mas este estudo mostra que pode ser mais complicado do que isso - a asma pode envolver a colonização das vias aéreas por bactérias diversas'', disse o co-autor Homer Boushey, professor de medicina na UCSF.
A doença
A asma é uma das doenças mais comuns no mundo, com aproximadamente 300 milhões de asmáticos, incluindo 24 milhões nos Estados Unidos, de acordo com o Centers for Disease Control. A doença aumentou nos últimos 60 anos.
"Ela passou de 3% da população para pouco mais de 8% nos EUA'', disse Boushey. "É mais prevalente na Europa Ocidental e nos países desenvolvidos - mas não sabemos o porquê''.
Nos últimos anos, os cientistas começaram a estudar comunidades de microrganismos de espécies mistas (microbioma) encontrados tanto em pessoas doentes quanto nas saudáveis para melhor compreender o seu papel em uma variedade de doenças. Mas a investigação sobre o microbioma na doença respiratória é relativamente um terreno desconhecido.
"Nós sabemos bem pouco sobre a diversidade, complexidade e função coletiva das bactérias que vivem no trato respiratório e como elas podem contribuir para doenças como a asma'', disse Yvonne J. Huang, autora principal do artigo.
"Tradicionalmente, acreditava-se que as vias aéreas eram esterilizadas. No entanto, este estudo sugere que este não é o caso. Alguns pacientes asmáticos que necessitam de corticóide inalatório possuem uma grande abundância de bactérias em comparação com indivíduos saudáveis e têm uma maior abundância relativa dos organismos específicos correlacionados com uma maior sensibilidade das vias aéreas'.'
O estudo
No projeto piloto de três anos, os cientistas coletaram amostras do revestimento das vias aéreas de 65 adultos com asma ligeira a moderada e 10 indivíduos saudáveis. Em seguida, usando uma ferramenta que pode identificar cerca de 8.500 grupos distintos de bactérias em um único ensaio, os cientistas perfilaram os organismos presentes em cada amostra e olharam as relações entre a composição da comunidade bacteriana e as características clínicas da asma dos pacientes.
Os pesquisadores descobriram que as amostras das vias aéreas brônquicas de pacientes asmáticos continham muito mais bactérias do que as amostras provenientes de pacientes saudáveis. Os cientistas também encontraram maior diversidade bacteriana em pacientes asmáticos que tinham as vias aéreas mais hiper-sensível ou sensível (uma característica da asma).
"As pessoas têm visto a asma como uma reação imune equivocada às exposições ambientais, mas poucos têm pensado no contexto da composição da microbiota das vias aéreas'', disse a autora Susan Lynch, professora assistente de medicina na UCSF.
"Nós tomamos uma abordagem ecológica, considerando-se as bactérias no contexto de suas comunidades microbianas para identificar relações entre as características dessas comunidades e as características da doença. Esta nova abordagem vai nos ajudar a compreender melhor a relação hospedeiro-microbiota que definem a saúde humana''.
Os autores dizem que mais estudos são necessários para determinar como essas bactérias específicas, identificadas no estudo, podem influenciar a causa e o desenvolvimento de asma.

 
                                                                                  Fonte: Isaude.net


Após transplante raro californiano passa a ter dois corações

Remoção e substituição do velho coração teria levado o novo órgão a falhar, juntos, os dois corações, dividem as atividades

Tyson Smith tem agora dois corações que
 batem em sincronia

Pesquisadores da University of California San Diego Center for Transplantation, nos Estados Unidos, realizaram cirurgia cardíaca rara que transplantou um coração novo em um paciente sem a retirada do órgão doente.
A equipe de pesquisa realizou a cirurgia cardíaca, conhecida como transplante cardíaco heterotópico, na qual o coração do paciente Tyson Smith permaneceu no local, enquanto um segundo órgão de um doador foi implantado. O paciente agora possui dois corações.
"Smith é um pioneiro entre os pacientes de transplante

Equipe realizou o transplante cardíaco heterotópico,
procedimento no qual o coração do paciente
permanece no local, enquanto um segundo é implantado.

de coração. Este é um procedimento muito raro, mas vale a pena ter como opção para a reposição cardíaca. É uma operação segura, com uma sobrevivência média de dez anos", afirma o diretor de transplantes Jack Copeland.
Os pesquisadores explicaram que embora Smith estivesse enfrentando a morte, ele não poderia ter um transplante de coração normal. A remoção e substituição do velho coração teria levado o novo órgão a falhar, em função da resistência do fluido em seus pulmões - hipertensão pulmonar - ser tão alta.
"Mas juntos, os dois corações dividem as atividades para terminarem o trabalho", acrescentou o professor adjunto Michael Madani.
Transplante cardíaco heterotópico, realizado pela UC San Diego, faz com que dois corações trabalhem em sincronia no peito de um paciente.
Como funciona
No procedimento heterotópico, o novo coração é posicionado no lado direito do coração do próprio paciente. Os átrios esquerdos do doador e do destinatário são cirurgicamente ligados uns aos outros, permitindo que o sangue oxigenado do coração original do paciente flua para o órgão transplantado. Em seguida, esse sangue é então bombeado pelo novo ventrículo esquerdo para a aorta do paciente, que fornece um fluxo mais forte para todas as partes do corpo.
"Smith tinha duas opções: o dispositivo mecânico de assistência ventricular esquerda (DAV), que substituiria a função do coração esquerdo e permitiria que ele esperasse um transplante de coração normal em poucos meses, ou o chamado transplante "piggy back", que substitui o coração esquerdo do paciente e permite que o coração direito do paciente continue o bombeamento através dos pulmões", observou Copeland. "Desta forma, Smith precisou de apenas uma operação, ao invés de duas, o que economizou o tempo do paciente, a inconveniência e a dor, e reduziu os custos médicos."
Os médicos esperam que Smith possa ter alta do hospital em duas semanas e volte ao nível normal de atividade dentro dos próximos meses.

 
                                                                                                  Fonte: Isaude.net